Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pires, Alana de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=67745
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Resumo: |
O presente estudo compara as ações edematogênica, antinociceptiva e vasorelaxante de lectinas isoladas de espécies pertencentes à subtribo Diocleinae. Estas atividades foram revertidas pela associação ao seu açúcar ligante, indicando a estreita relação existente entre as ações biológicas e o envolvimento do domínio lectínico. No modelo de edema de pata, ConBr, CGL, ConM e CRLI apresentaram atividade edematogênica de natureza aguda. Em relação à atividade antinociceptiva demonstramos que ConBr, ConM, CGF, DguiL e CFL, por via oral, inibem as contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundongos, ressaltando-se que este efeito ocorre principalmente sobre a dor de natureza inflamatória. No modelo de contratilidade, in vitro, ConBr, CGL, DvL e DRL apresentaram efeito relaxante em aortas endotelizadas de ratos, pré-contraídas por fenilefrina. Apesar da elevada homologia estrutural, as lectinas de Diocleinae mostraram diferenças significativas na potência, eficácia, duração e mecanismo em suas atividades biológicas. Estas distições nas atividades de lectinas de Diocleinae estão associadas à oligomerização dependente de pH, a pequenas alterações na seqüência de aminoácidos, principalmente em relação ao sítio de ligação de carboidratos e em posições-chave relacionadas com a estrutura quaternária. CRLI mostrou indução de edema com acentuada diferença das demais e ConBr foi mais eficaz tanto na indução de edema e no aumento de permeabilidade vascular como na antinocicepção, efeito coerente com trabalhos anteriores sobre outras ações. ConM apresentou grandes diferenças em relação à outras lectinas de Diocleinae, seja na indução do edema de pata de menor duração sem participação de óxido nítrico, na menor eficácia antinociceptiva ou na maior potência e eficácia em sua ação vasorelaxante. Esta diferenciação pode ser explicada pela maior afinidade a dissacarídeos promovida pela substituição de Pro202 por Ser202 nesta lectina. Na nocicepção, a elevada afinidade a carboidratos biantenados pela ConBr e DguiL parece se correlacionar com uma maior atividade antinociceptiva destas lectinas. A presença de aminoácidos específicos da lectina de Cratylia floribunda e de outras do gênero Dioclea, ausentes em lectinas do gênero Canavalia, poderiam explicar algumas características únicas deste último gênero, como a capacidade de induzir edema com picos mais prematuros e de possuir atividade antinociceptiva com componentes centrais e periféricos. Outro aspecto que pode interferir na atividade das lectinas é a variação nos modelos experimentais e espécies de animais utilizadas, levando à variação de pH, expressão de enzimas e participação de mediadores. Estudos como este são de extrema relevância, pois sugerem evidências adicionais da relação estrutura X atividade na tentativa de explicar como as diferenças em estrutura de lectinas tão próximas filigenética e estruturalmente podem interferir nas atividades biológicas. Palavras-chave: Lectinas de Diocleinae. Inflamação. Nocicepção. Contratilidade. Estrutura versus Função. |