Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
COSTA, CARLIENE BEZERRA DA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83356
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Itinerários terapêuticos não são exclusivamente determinados por contingências relacionadas a facilidades ou dificuldades no acesso à rede assistencial e, nem tampouco pelos fluxos organizados nessa busca por tratamento e cura, mas todo um processo complexo que envolve significações e escolhas de trajetórias pelo sujeito. O objetivo desse estudo é compreender o itinerário terapêutico de pessoas em adoecimento mental grave inserida na Rede de Atenção Psicossocial. Para a realização da presente pesquisa, baseou-se num referencial metodológico que abordasse o sujeito de uma forma singular, optou-se por um estudo de abordagem qualitativa, baseada no arcabouço teórico da hermenêutica de Paul Ricoeur (1989). A pesquisa foi realizada em Fortaleza, Ceará, em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) adstrito na Secretaria Executiva Regional IV. Os participantes foram três usuárias e cinco profissionais de saúde do CAPS. Para a coleta das experiências foram utilizadas duas técnicas: a entrevista aberta em profundidade e a observação com diário de campo. O plano de análise e interpretação dos dados foi orientado pela análise hermenêutica de Paul Ricoeur (1989). Seguiram-se os preceitos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UECE, com parecer Nº 948.554. Os resultados da pesquisa revelam que o vínculo com o CAPS aparece como um cuidado corresponsabilizado pelo processo saúde-doença, com potencial resolubilidade, conseguindo vincular com o pacientes e com outros pontos da rede de saúde, garantindo uma maior potência ao projeto terapêutico singular e ao processo de produção do cuidado. Contudo, percebe-se a necessidade de alternativas de mudanças de processos de trabalho à operacionalizar-se em relação ao território comunitário dos usuários, pois este encontra-se fragilizado. A pesquisa revela, ainda, como égide máxima, a relação fragilizada e conflituosa entre saúde mental e Estratégia Saúde da Família (ESF): o não uso de tecnologias leve-relacionais; a dificuldade do cuidado na atenção primária; a não corresponsabilização por profissionais de saúde; a dicotomia presente entre corpo mente. A busca de um culpado ou de um motivo real para o adoecimento aparece como uma questão necessária de ser comentada nas falas das participantes. Tais elementos estão ancorados como desvio de ordem moral, religiosa, social e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">orgânica. Os usuários narram em suas trajetórias de vida, sofrimento em conviver com o transtorno mental, associado à perdas e dificuldade de convívio social. Os percursos desta pesquisa incluem histórias de pessoas com sofrimento mental grave e persistente, com internações psiquiátricas, e identificam-se rupturas sociais afetivas, abandono das atividades cotidianas e domésticas, perdas de papéis familiares e sociais, assim como de vínculos afetivos. Além disso, são afetados pelas dificuldades que enfrentam em caminhar de forma contínua nos diversos pontos da RASM, o que dificulta a busca por tratamento. Nessa seara, é consubstancial afirmar que a luta antimanicomial precisa de modelos substitutivos de saúde que não só atenda bem as pessoas, mas que promova articulação social e intersetorial, principalmente com a Estratégia de Saúde da Família e o território comunitário do usuário. Acredita-se que tais apreensões devem ser consideradas para que a atenção psicossocial não seja fragmentada, centralizada e restrita aos serviços especializados. Enfatiza-se necessidade de reivindicação de assistência que foque a dialógica entre setores e os serviços multiprofissionais em saúde.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Saúde Mental. Itinerário Terapêutico. Rede de Apoio Social. Rede de Atenção Psicossocial.</span></font></div> |