IMPACTO DAS ARBOVIROSES EM PERÍODOS EPIDÊMICOS E NÃO EPIDÊMICOS: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA, ESPACIAL E ECONÔMICA

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: MORAIS, SÔNIA SAMARA FONSECA DE
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Saúde coletiva
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98591

As arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti vêm ganhando destaque como relevante <br/>problema de saúde pública no mundo. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo analisar <br/>o impacto das arboviroses em períodos epidêmicos e não epidêmicos através de uma análise <br/>epidemiológica, espacial e econômica. Realizou-se um estudo epidemiológico do tipo <br/>ecológico de abordagem quantitativa e descritiva. Os dados foram adquiridos de fonte <br/>secundária, de todos os casos confirmados das arboviroses dengue, chikungunya e zika no <br/>período de 2008 a 2017, no município de Fortaleza, Ceará, Brasil. Os resultados foram <br/>apresentados em quatro artigos: “Aspectos epidemiológicos das arboviroses em anos <br/>epidêmicos e não epidêmicos em Fortaleza, Ceará, Brasil, 2008-2017” onde no período de <br/>10 anos (2008 a 2017), foram confirmados 188.617 casos de dengue, chikungunya 79.529 e <br/>zika com 1.619. Em 2017, a chikungunya apresentou o maior número de casos confirmados <br/>com 61.727 (87,5%) e de óbitos com 144 casos; “Estimativa da carga da doença por dengue <br/>no Ceará, 2008 e 2017: análise Global Burden of Disease study” mostrando que as taxas de <br/>YLL, DALY, por 100.000 habitantes elevaram 19%, 46,1% respectivamente e YLD medida de <br/>incapacidade, aumento de 69,7%, que representa dano causado pela dengue. A maior carga da <br/>dengue foi no sexo masculino com taxa de 28,8 (2008) e 43,4 (2017) DALYs/100 mil em <br/>homens, uma variação crescente da carga da doença de 50,7%, entre os anos; “Análise espacial <br/>e socioeconômica da Chikungunya em uma capital do Nordeste brasileiro” evidenciando <br/>que em 2017 a Regional V tem o maior número de casos, com 16.253 casos confirmados, a <br/>maior população, com 541,5 mil habitantes, área composta por 18 bairros e a menor renda <br/>média de R$ 471,70 por habitante. A sazonalidade pluviométrica surge com maior volume de <br/>chuvas no primeiro semestre de cada ano e&nbsp; declinio em todo segundo semestre; “Gastos com <br/>arboviroses em anos endêmicos e não epidêmicos em Fortaleza, Ceará, Brasil, 2008-2017” <br/>revelou o impacto dos gastos com as arboviroses em anos epidêmicos com aumento de 116,16% <br/>de gasto total, 150,09% de gastos com serviços profissionais, 100,79% em número de <br/>internações e 32,34% gasto médio por internação quando comparados aos gastos com <br/>arboviroses em anos não epidêmicos. Entretanto, a pesquisa mostrou que as epidemias e os <br/>gastos das arboviroses intercaladas ao longo dos dez anos aqui abordados são caracterizadas <br/>pela inserção de vários sorotipos do vírus, bem como alternância em anos chuvosos (inverno) <br/>e períodos sem chuva (seca), tendo sido possível atribuir na análise espacial como técnica que <br/>pode ser usada com mais frequência nos estudos sobre arboviroses, visto nesse estudo que <br/><br/><br/>&nbsp;<br/><br/>7 <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>&nbsp;<br/><br/>&nbsp;<br/><br/>situações epidemiológicas oscilam a cada ano, o que caracteriza áreas a serem intensificadas ou <br/>que devem ser priorizadas nas ações de eliminação do vetor. Ainda permitiu também entender <br/>melhor a carga das doenças, fundamental para implantação de políticas de saúde que <br/>possibilitem a garantia de aumento dos anos de vida vividos com saúde e independência. <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>Palavras-chave: Arboviroses. Epidemiologia. Carga da doença. Gastos. <br/>