Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Fernanda Leal Dantas Sales |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109557
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Resumo: |
Em meados de 2015, o Brasil, especialmente o Nordeste, vivenciou uma epidemia de Zika vírus (ZIKV), com destaque para o Ceará. Dentre as complicações causadas por esse vírus, ressaltam-se a microcefalia e as possíveis deficiências visuais (DV) e auditivas (DA). Para o diagnóstico e acompanhamento auditivo, recomenda-se o teste da orelhinha (otoemissões acústicas), que deveria ser realizado ao nascimento, e o Brainstem Evoked Response Audiometry (BERA), este de difícil acesso a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sabendo que o diagnóstico tardio da DA ocasiona atraso intelectual. O objetivo geral deste estudo foi verificar a relação da epidemia de ZIKV em Fortaleza, no período de setembro de 2015 a dezembro de 2017, com a microcefalia e DA, analisando também a associação entre a Síndrome Congênita do ZIKV e alteração do BERA. O estudo foi dividido em três etapas, sendo a primeira um artigo de revisão integrativa, onde relacionou-se o ZIKV com DA e microcefalia; a segunda, um estudo descritivo, transversal e quantitativo, em que a população alvo foi composta por 111 crianças portadoras de síndrome gestacional de infecção pelo ZIKV de 2015 a 2018. A terceira trata-se de estudo retrospectivo, transversal, que relacionou o pico da epidemia do ZIKV e DA. A amostra do segundo artigo consistiu em 111 prontuários de crianças atendidas no Núcleo de Estimulação Precoce. A amostra do terceiro foi composta por 292 crianças atendidas no HGF nos anos de 2016 a 2018, que realizaram o exame BERA, com resultados normais e alterados. Para a tabulação dos dados, avaliou-se as variáveis correlacionando os fatores de risco e os maiores picos da epidemia de ZIKV. Neste estudo os resultados não suportaram a hipótese que algum dos fatores conhecidos de DA estivessem relacionados com a diminuição da frequência do BERA alterado. A proporção histórica do percentual de BERA alterado foi de 4%, e, no ano de 2015 foi de 6.12%. A evolução anual da frequência de cada fator de risco conhecido não apresentou uma diminuição paralela à diminuição do BERA alterado. Os resultados foram compatíveis com o pressuposto que a variação do percentual de BERA alterado dependia do tempo, mesmo depois de ajustar para fatores conhecidos de risco de risco de DA. No segundo estudo, a média do Perímetro Cefálico de crianças com BERA Alterado (28,6 cm) foi significativamente menor que a média dos indivíduos com BERA normal (p=0,010). Concluiu-se haver relação entre PC e BERA alterados, assim como os dias de UTI. Além disso, as alterações na audição encontradas apontaram coerência com o pico da epidemia, sendo a ZIKV um fator que aumentou o risco. Palavras-chave: Zika vírus. Perda auditiva. Microcefalia. Variáveis. Fatores de risco. Estudo transversal. |