Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
ALVES, DANIELE TAVARES |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84426
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Resumo: |
Este trabalho abordou a temática da subjetividade em trabalhadores de saúde mental, tendo por objeto os trabalhadores de saúde mental no conjunto de práticas teóricas, técnicas e políticas. Esse objeto teve como motivação a experiência da pesquisadora na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Fortaleza por mais de uma década, o que suscitou como principal questionamento: será antimanicomial o conjunto de práticas dos trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)? Para dialogar com esta questão, a pesquisa teve como objetivo geral: compreender as relações entre a subjetividade e as práticas dos trabalhadores de saúde mental na atenção psicossocial territorial, e como específicos: analisar as matrizes políticas, técnicas e teóricas oferecidas aos trabalhadores pelo Movimento Brasileiro de Reforma Psiquiátrica (MBRP) e pela RAPS; analisar as práticas dos trabalhadores na concretude de um caso; comparar as matrizes e as práticas concretas na perspectiva dos trabalhadores do caso; sistematizar as identificações, lacunas e contradições entre as matrizes políticas, técnicas e teóricas e as práticas analisadas, comparadas e criticadas. Apresentaram-se as seguintes perguntas norteadoras: a) qual sua opinião sobre os princípios, as diretrizes e formas de trabalho dos hospitais psiquiátricos clássicos e da proposta dos CAPS? b) em sua opinião, quais identificações, lacunas e contradições ocorrem entre o que se propõe e o que se faz nos CAPS? Estão presentes nesse trabalho as categorias - psiquiatria clássica, atenção psicossocial territorial, saúde mental, trabalho/trabalhador em saúde mental e subjetividade. Foram utilizados autores importantes: do MRP no mundo, Basaglia, Rotelli, Desviat, e no Brasil, Amarante, Bezerra Júnior, Delgado, Passos, Sampaio; da filosofia Foucault, Deleuze, Guattari, dentre outros. O delineamento deste projeto se constituiu como um estudo de caso, qualitativo, analítico-crítico, que se operacionalizou etnograficamente, apoiando-se em observação participante, entrevista em profundidade, grupo-experimentação, diário de campo e fotografia. O caso escolhido foi o CAPS Geral da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) III de Fortaleza, devido à representatividade como o primeiro CAPS deste município. Os sujeitos foram os trabalhadores deste serviço, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. O método utilizado de análise foi inspirado na análise temática de Minayo. Os achados da pesquisa, após análise e discussão, foram apresentados em uma síntese em três nós: a precarização na forma de recrutamento dos trabalhadores de saúde mental; a carência de um espaço dialógico, teórico e vivencial que possibilite aos trabalhadores se fortalecer enquanto um coletivo singular; e a problematização do cuidado ofertado neste serviço que ainda se apresenta como médico centrado. Portanto, a pesquisa vislumbrou, como pressuposto, que a dimensão da subjetividade do trabalhador de saúde mental poderá construir práticas asilares ou antimanicomiais nas políticas públicas de saúde mental, mesmo quando constituídas a partir de perspectivas antimanicomiais. Palavras-chave: Psiquiatria clássica. Atenção psicossocial territorial. Saúde mental. Trabalho/Trabalhador de saúde mental. Subjetividade. |