Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Cássio Streb |
Orientador(a): |
Paulon, Simone Mainieri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/101402
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Resumo: |
O presente trabalho nasce das inquietações produzidas a partir de uma experiência disparadora, em um serviço substitutivo de Saúde Mental no litoral norte do Rio Grande do Sul. Para acompanhar os processos em produção e desdobrar o que pode ser visualizado ali, utilizamos uma inspiração cartográfica, método criado por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Discutimos, assim, as possibilidades da loucura como potência intercessora dos processos de trabalho presentes no capitalismo tardio, especialmente o trabalho em saúde mental. Primeiramente, passamos em revista nosso conceito de saúde e como este se chocava frontalmente com o entendimento hegemônico tradicional ainda presente no nosso campo de atuação; discutimos os paradigmas biomédicos e psicossociais, o nascimento da medicina moderna em Foucault e as formas de tutela, dominação e controle sobre os corpos nascidas destas, contrastando com o entendimento de saúde como capacidade normativa e de assumir riscos de adoecimento de Canguilhem. Em seguida, teorizamos a transição no mundo do trabalho, que passa do modelo de gestão taylorista ao modelo imaterial, este típico do Império; se no taylorismo corpos eram dominados invisibilizando a subjetividade presente na atividade, na era imaterial, por outro lado, é a subjetividade que é posta a trabalhar biopoliticamente; teorizamos, ainda, as formas de poder e resistência possíveis neste processo, que tem a guerra permanente como modelo de gestão do biopoder imperial; buscando juntar forças à loucura, agregamo-nos com os conceitos de multidão, forma imanente ao Império e o Nomadismo e forma imanente à dominação estatal. No terceiro capítulo, ampliamos a noção de gestão do trabalho e da atividade da vida, entendendo-a como uma dobra pensada não somente como as prescrições inerentes ao trabalho, mas como o laborioso uso de si entre as dobras presentes na produção subjetiva do trabalhador e do trabalho embaralhada com a potência intercessora da loucura. No último capítulo retornamos ao campo do trabalho em saúde mental para ver como o trabalho, que opera diretamente com a loucura, estabelece essa relação no espaço, mesmo desta transição do mundo do trabalho e da mudança de paradigma do cuidado em saúde. Concluímos que há de se cuidar, nessa passagem do taylorismo ao imaterial, das sociedades disciplinares às de controle, para escaparmos da serialização massificante das formas hegemônicas tradicionais e da constituição de redes frias, produtoras do mesmo na lógica imaterial. Trabalhar com a loucura é um trabalho afetivo, que permite desburocratizar e esquentar as redes de cuidado. |