Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Raquel Célia Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=41600
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Resumo: |
A faculdade mimética é responsável pela aprendizagem ocorrente na relação entre homem e natureza. O desaparecimento dessa faculdade corresponde à perda da identidade e da experiência. A faculdade mimética facilita a emancipação da consciência do homem histórico, por permitir a produção de semelhanças. Ela se fragiliza com a formação da cultura burguesa, por afastar o homem da natureza, o que resulta no desvio da civilização e no aparecimento de uma nova barbárie. Separa-se o homem da origem para propiciar o avanço técnico e científico. A fragmentação do homem facilita a perda do ethos histórico. A ciência e a técnica levam o homem ao processo de robotização que anula a ação consciente. A promessa burguesa de emancipação da humanidade prende-se aos conceitos vazios de liberdade, autonomia e identidade. Estes são metáforas esvaziadas pelo progresso que origina metamorfose na consciência burguesa. A ciência aprisionada à técnica elimina a reflexão e leva o homem a permanecer subjugado à convenção. A razão como condição de possibilidade de emancipação do homem permanece no âmbito da a abstração feita de imagens vazias da realidade histórica que dificulta ao operário, no aspecto político e social, a formação da consciência de classe. O proletariado permanece conduzido pela política estatal, que inviabiliza a eclosão do homem histórico. Diante da convenção da imagem que inibe a decisão política individual e social do homem, Benjamin propõe o agora da cognoscibilidade. Este se contrapõe à consciência burguesa que produz o inumano. A transferência do poder político e econômico à burguesia cria um modelo de cultura a partir do domínio da técnica sobre a natureza, instrumentalizando a razão, que implica a fragmentação do humano. As categorias fundamentais de imagem, memória, mimese, fragmento, codificação histórica e alegoria são determinantes para a revolução espiritual e material da humanidade. Elas permitem ao homem decifrar a história promeio do materialismo histórico. A revolução messiânica está diretamente ligada às forcas elementares da natureza, despertadas pelo inconsciente que capta a imagem dialética via memória. O inconsciente possibilita o desenvolvimento do agora do cognoscível, mediado pela iluminação profana que determina a ação mediante a identidade entre presente e passado. A embriaguez do espírito conduz o homem à dialética entre materialismo histórico e teologia. Ao contrário de Marx, para Benjamin, a conquista dos bens materiais acontece em um segundo momento, como pressuposto da revolução do espírito. O espírito revolucionário pressupõe a presença do caráter como condição de possibilidade de atuação da consciência do homem histórico. O caráter aproxima o homem da origem pela memória. |