A erospoética de Hilda Hilst como emancipação feminina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Diane Xavier De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106479
Resumo: Esta dissertação apresenta um estudo sobre a temática do erotismo na poesia de Hilda Hilst, enfocando especificamente a escrita do desejo como uma forma de emancipação feminina. A pesquisa centra-se na hipótese de que a poesia erótica de Hilda Hilst contribui para a emancipação do sujeito feminino, pois mostra uma mulher escrevendo sobre o corpo, o desejo e expressando a experiência erótica pela ótica feminina. Sendo assim, nosso objetivo consiste em investigar como a poesia de Hilda Hilst produz um discurso de autonomia que contribui para a quebra das amarras que envolvem o gênero feminino. Para tanto, nossa metodologia compreende um estudo dos poemas eróticos observando como suas construções simbólicas estão relacionadas ao empoderamento feminino, por meio de uma análise interpretativa. Para a constituição do nosso corpus de análise, selecionamos poemas de temática erótica nos livros Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974), Cantares de Perda e Predileção (1983), Poemas malditos gozosos e devotos (1984), Amavisse (1989) e Do Desejo (1992). O referencial teórico foi construído a partir dos autores Platão (2012) e Bataille (1987), para discutir o erotismo e das teóricas Zolin (2009), Muzart (1995) e Duarte (2019), para as questões concernentes à crítica literária feminista. Ao observar a hipótese, finalmente apresentamos uma reflexão de que o eu lírico feminino assume uma postura autônoma, cortejando, desejando e oferecendo seu corpo ao amado, por meio de uma linguagem que põe em evidência o desejo feminino como forma de promover a libertação da mulher que escreve.