A Participação da educação física na formação humana: uma necessidade onto-histórica para além da particularidade do capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Rogério Paes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82784
Resumo: <div style="">A Educação Física brasileira passou e passa por inúmeras transformações do seu sentido e significado durante o processo histórico, estando, predominantemente, em última instância, sempre atrelado aos interesses da reprodução do capitalismo. Tendência que foi criticada no final da década de 1980 e início da década de 1990 com a culminância na obra do coletivo de autores (1992) e uma reação conservadora e reacionária, em seguida, com a criação do Conselho Federal de Educação Física e seus conselhos regionais (1994). É a serviço da classe dominante que a Educação Física passa a ser obrigatória em alguns momentos que influenciam os intelectuais da área a buscar uma justificativa para sua presença na escola, sempre questionada de tempo em tempo por seu papel direto na nova forma de acumulação capitalista. Diferentemente de uma defesa corporativista, esse trabalho busca debater a necessidade da Educação Física na escola, enquanto complexo necessário para a reprodução social e, portanto, partícipe da formação humana. Na busca de uma análise comprometida com os interesses da classe trabalhadora, nossas análises se deram alicerçados nos pressupostos teóricos, filosóficos e metodológicos do materialismo histórico fundados por Karl Marx e Friedrich Engels, além de outros autores da tradição marxista, como Gyorgy Lukács. Dos estudos realizados, chegamos a seguinte conclusão: a produção da existência é a chave para compreendermos a essência histórica e provisória do ser social, em que ele é produto de sua própria atividade metabólica com a natureza mediante as circunstâncias histórico-concretas, fato que o torna diferente dos demais animais e se desenvolvem atividades exclusivamente humanas, como é o caso da Educação Física. Na ação metabólica do trabalho é necessário que o ser social tenha sob seu controle as ações corporais, ou seja, as capacidades corporais (físicas e espirituais). A Educação Física é um complexo produzido pela atividade vital humana e presente também nessa atividade, nesse sentido, sempre os homens necessitarão para se reproduzirem ter sobre o seu controle os elementos presentes no complexo da Educação Física e, por conseguinte, a presença da Educação Física na escola não é um debate epistemológico, de obrigatoriedade formal ou de uma legitimidade abstrata, pelo contrário, a Educação Física é uma necessidade ontológica na formação humana. Palavras-chave: Educação Física. Capacidades Corporais. Ontologia do Ser Social. Materialismo Histórico.</div>