Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Francisca Poliane Lima de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111911
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Ao olhar para a trajetória histórica do graffiti, percebemos que, apesar de essa atividade ter</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sido, no início, entendida como consequência de atos de vandalismo, a atual experiência</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">cotidiana mostra que os graffitis devem ser considerados para além da concepção</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">marginalizada com que foram vistos por muito tempo e em muitos lugares. Assim nos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">propomos a observar e a analisar o fenômeno de recategorização na produção (inter)subjetiva</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">de objetos de discurso na produção de graffitis e defender um estatuto de texto para essa</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">produção. Desse modo, tomamos de Beaugrande (1997) uma importante consideração acerca</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">da natureza das produções linguageiras, segundo a qual texto é evento; além desse autor,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Hanks (2008), Marcuschi (2007, 2008) e Franco (2011) nos servem de base para melhor</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">posicionarmo-nos nesse campo. Partindo dessa premissa, aliamo-nos às discussões sobre</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">referenciação com Mondada e Dubois (1995), Araújo (2004), Salomão (1999, 2005) e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Cardoso (2003). A recategorização, por sua vez, participa de nossa pesquisa com a missão de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">auxiliar-nos a esclarecer a respeito da construção e da co-construção dos objetos discursivos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">no graffiti e, para tanto, consideramos os estudos de Leite (2007), Costa (2007a, 2007b),</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Ciulla e Silva (2008) e Jaguaribe (2007). Além disso, propomos ainda a atualização desse</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">conceito com o auxílio de nossa pesquisa anterior Oliveira (2012). Além dessas pesquisas, os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">estudos de Maturana (2001) e Cain (2010) nos habilitam a falar cognitivamente sobre o</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">processo de produção de textos. Dessa maneira, para observar como ocorrem os processos de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">criação e recepção, como são recategorizados os objetos de discurso e como a realidade é</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">transformada a partir da construção de sentidos, escolhemos a observação participante como</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">método de pesquisa; as notas de campo, a entrevista, o roteiro de leitura, o registro fotográfico</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">e as gravações como instrumentos que nos fornecessem dados com os quais pudéssemos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trabalhar. Os resultados revelaram que o processo de produção dos graffitis acontece</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">multilinearmente, levando em conta o projeto de dizer do grafiteiro, as condições de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">materialização desse projeto e a interação acidental com os interlocutores no decorrer e após a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">produção. Assim, concluímos que o conceito de texto como evento parece-nos amplo e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">complexo o suficiente para abarcar as atuais formas de comunicar e que, nessa perspectiva, o</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">graffiti pode ser considerado um texto.</span></font></div> |