Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
BARROS, LÍVIA SAMPAIO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85268
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Resumo: |
Introdução: Níveis ideais de vitamina D têm sido associados com a redução do<br/>risco de doenças crônicas, como diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e<br/>câncer, entre outras. Essas e outras patologias são mais prevalentes em receptores<br/>de transplante renal do que em indivíduos saudáveis, em virtude da medicação<br/>imunossupressora. Não existem recomendações específicas para o manejo da<br/>insuficiência/deficiência de vitamina D em pacientes transplantados. Objetivos: O<br/>objetivo do presente estudo foi investigar o estado da vitamina D pós-transplante e<br/>correlaciona-lós com as complicações clínicas e metabólicas pós-transplante.<br/>Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo descritivo realizado no<br/>Hospital Geral de Fortaleza/CE (HGF), incluindo pacientes submetidos ao<br/>transplante renal no período de abril de 2017 a fevereiro de 2018, com seguimento<br/>desde a realização do transplante até os seis primeiros meses pós-transplante. Os<br/>dados clínicos e laboratoriais foram coletados através dos prontuários e das fichas<br/>de seguimento ambulatorial e as variáveis antropométricas foram obtidas em<br/>consultas periódicas com os pacientes. Para avaliar a associação entre o estado da<br/>vitamina D e as complicações clínicas e metabólicas, os pacientes foram divididos<br/>em dois grupos em relação ao estado da vitamina D: deficiente/insuficiente (grupo I)<br/>e suficiente (grupo II). Foram utilizados os testes t de Student, para análise de<br/>grupos, quando as variáveis apresentavam distribuição normal, e Wilcoxon-Mann-<br/>Whitney quando pelo menos uma delas tinha distribuição não normal. Para<br/>comparação de três ou mais grupos, os testes utilizados foram ANOVA de um fator e<br/>Kruskal-Wallis para, respectivamente, distribuição normal e não normal. Foram<br/>também realizados testes de associação utilizando os testes de qui-quadrado/exato<br/>de Fisher. Resultados:A classificação do estado da vitamina D na população em<br/>estudo foi de 7,9 % de deficiência, 69,8% de insuficiência e 22,2 % de suficiência<br/>após seis meses de transplante e observou-se que 55,6% dos pacientes não<br/>alteraram a sua classificação ao longo de seis meses, 22,2% melhoraram e 22,2%<br/>apresentaram piora na classificação. O sexo feminino e a cor negra do receptor<br/>associaram-se a níveis significativamente menores de vitamina D. O uso ou não de<br/>protetor solar não esteve associado ao estado da vitamina D, bem como não foi<br/>encontrada diferença significativa nos níveis de vitamina D dos pacientes que<br/>usaram ou não a prednisona. Entre as complicações clínicas (rejeição aguda,<br/>8<br/>infecções, reinternamentos e alteração na função renal) e metabólicas (diabetes<br/>mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome metabólica e obesidade), não foi<br/>observada diferença estatisticamente significante na prevalência entre os grupos I e<br/>II. Foram detectados níveis significativamente mais baixos de<br/>hemoglobina/hematócrito e mais altos de triglicerídeos nos pacientes<br/>deficientes/insuficientes em vitamina D. Não houve associação entre os níveis de<br/>vitamina D e o estado nutricional avaliado pelo IMC e albumina, e em relação ao<br/>risco cardiovascular, observou-se uma diferença significativa na relação CC/CQ aos<br/>3 e 6 meses pós-transplante entre os grupos, com valores maiores nos pacientes<br/>deficientes/insuficientes. Conclusão: A prêvalencia de hipovitaminose D no grupo<br/>de transplantados renais foi elevada e a maior parte dos receptores não apresentou<br/>alteração na classificação do estado da vitamina D ao longo de seis meses. Embora<br/>tenham sido observada poucas associações significativas entre a hipovitaminose D<br/>e as variáveis clínicas, antropométricas, laboratoriais e metabólicas pesquisadas,<br/>estudos adicionais com maior tempo de seguimento são necessários.<br/>Palavra-chave: Transplante renal. Vitamina D. Deficiência de vitamina D |