Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martins, Josiane Carreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-06092019-143025/
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Resumo: |
O uso de inibidores de bomba de prótons (IBP) é frequente nos transplantados renais (TxR), estes elevam o pH do lúmen gastroduodenal, podendo interferir na absorção de micronutrientes. Assim, é relevante conhecer os efeitos adversos da supressão da secreção ácida, promovida pelos IBP, na absorção de micronutrientes e a implicação clínica nessa população. O objetivo do estudo foi comparar os níveis séricos das vitaminas (vitamina B12, C e ácido fólico) e a composição corporal nos pacientes transplantados renais que utilizavam ou não os inibidores de bomba de prótons (omeprazol). Foi realizado um estudo observacional e transversal com pacientes transplantados renais. Foram avaliados uso dos IBP, dados referentes ao transplante, composição corporal, consumo alimentar e exames bioquímicos. Os resultados foram expressos em percentual, em média com desvio padrão. Para apresentação das variáveis categóricas foi feita tabela de contingência e utilizados os testes de Qui-quadrado e exato de Fisher e para as variáveis contínuas o test t de Student. Para todas as análises foram consideradas significativas as associações com p < 0,05. Dos pacientes em acompanhamento no ambulatório de transplante renal do HCFMRP-USP, foram elegíveis à pesquisa 239 dos quais 122 negaram a participação e 39 foram excluídos, finalizando o estudo com 78 pacientes, divididos em dois grupos: em uso de IBP (56) e controle (22). Os grupos não apresentaram diferença significativa em relação às características demográficas e clínicas, sendo predominante o sexo masculino (64 %) e a HAS como doença de base. A idade média foi de 49,52 anos (± 12,7). No grupo em uso de IBP, a média do tempo de TxR foi de 68 (± 67,9) meses e a TFG de 60 (± 20) ml/mim/1,73m², já no controle o tempo médio de TxR foi de 116,9 (± 105,6) meses e a TFG 59,95 (± 13,1) ml/mim/1,73m². A vitamina C sérica estava adequada em 1,8% dos pacientes em uso de IBP e em nenhum do grupo controle, já os níveis séricos de vitamina B12 (98,2% e 90,9%) e ácido fólico (92,5% e 95,5%) apresentaram adequação semelhante entre os pacientes com e sem IBP (p > 0,05). Para quantificar a ingestão de macro e micronutrientes foi utilizado o recordatório de 24 horas, sendo que não houve diferença significativa entre- 7 - os grupos, exceto em relação à vitamina C. Esta apresentou um valor médio de ingestão, no grupo em uso de IBP, de 86,23mg (± 116,0) e de 42,57mg (± 29) no controle (p = 0,01), portanto a ingestão dessa vitamina foi maior no grupo em uso do omeprazol em relação ao controle. Quanto ao diagnóstico nutricional segundo IMC do grupo em uso de IBP, 51,8 % dos pacientes eram eutróficos e o restante obesos; no grupo controle 36,3 % eram eutróficos, 54,5% obesos e 9% desnutridos. A avaliação da força do aperto de mão e da composição corporal foi semelhante em ambos os grupos. Os resultados deste trabalho sugerem que o uso de IBP, em pacientes transplantados renais, não acarreta detrimento do estado nutricional quanto à vitamina B12, vitamina C e ácido fólico ou quanto à composição corporal |