Praticas de Autocuidado de Pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 2: Implicacoes para o Cuidado Clinico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sampaio, Cynthia de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75173
Resumo: A Enfermagem como ciência do cuidado tem seu foco de atenção o ser humano em todo seu ciclo vital, seja em situações de saúde ou de adoecimento agudo ou crônico. O Sistema de Enfermagem Apoio-Educação de Dorothea Orem favorece o cuidado clínico e educativo de enfermagem pautado no autocuidado compreendido como sendo a prática de atividades realizadas pelo indivíduo em benefício próprio, no intuito de manter a vida, a saúde e o bem-estar. O desenvolvimento de habilidades de autocuidado é recomendado em pessoas com diabetes mellitus tipo 2, no intuito de se alcançar um adequado controle metabólico, prevenindo a ocorrência de complicações e adquirindo qualidade de vida. Ante a problemática deste adoecimento crônico e as possibilidades de cuidado da enfermagem objetivou-se: conhecer as práticas de autocuidado desenvolvidas por pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 acompanhadas em um serviço de atenção secundária de saúde. Estudo descritivo e transversal realizado em serviço de atenção secundária em Fortaleza-CE-Brasil, aplicando-se um formulário estruturado a 193 pessoas diabéticas que compareceram a consulta no período de julho a setembro de 2012 e que atenderam aos critérios de inclusão. Os dados foram processados pelo software EPI-INFO, apresentados em tabelas e gráficos e discutidos a luz da Teoria do Sistema de Enfermagem Apoio-Educação de Orem e da literatura nacional e internacional sobre Diabetes Mellitus. Amostra predominantemente feminina 141 (73,1%), idosa 140 (72,5%), com grau de instrução de até oito anos de estudo 145 (75,1%), com baixa renda familiar 153 (79,3%), aposentada/pensionista 129 (66,8%), diabética há mais de dez anos 151 (78,2%), acompanhada pelo serviço há no máximo dez anos 105 (54,4%), com pressão arterial sistólica (PAS) média de 141,4 ± 23,4 mmHg e a pressão arterial diastólica (PAD) de 83,4 ± 10,9 mmHg. Cerca de 70% dos pesquisados apresentaram HbA1c acima de 7% e níveis glicêmicos acima de 140mg/dl nas três últimas medidas registradas. Hipertensão arterial sistêmica 172 (89,1%), sobrepeso/obesidade 158 (81,9%) e dislipidemia 145 (75,1%) foram as comorbidades mais presentes. Dentre as complicações predominaram a macroangiopatia 49 (25,4%), nefropatia 45 (23,3%) e neuropatia 40 (20,7%). As práticas de autocuidado dos pesquisados se relacionaram aos tratamentos não-farmacológico e farmacológico do Diabetes Mellitus; às complicações agudas da doença e aos cuidados com os membros inferiores. Conclui-se que as práticas de autocuidado das pessoas com DM2 pesquisadas são ineficientes para controlar a progressão da doença o que implica na necessidade de se fortalecer e aprimorar o cuidado clínico e educativo de enfermagem estruturado na perspectiva de tornar as pessoas aptas ao autocuidado.<br/>Descritores: Enfermagem. Autocuidado. Educação em Saúde. Diabetes Mellitus.