Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Everton Silva De |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105805
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Resumo: |
Depois que o mundo político se viu impactado pela profusão de informações falsas na internet, empresas de tecnologia de informática, alguns setores da classe política e dos poderes públicos, intelectuais e os veículos de comunicação se colocaram, rapidamente, nas fileiras de combate à desinformação. Do lado dos meios de comunicação, até uma nova atividade surgiu para atender exclusivamente a demanda por checagem das informações circulantes: denominada fact-checking, o seu propósito anunciado mais imediato é levar ao público o conhecimento da verdade relacionada às questões concentradas no universo da política, mas que podem estar presentes em outros campos, como o da saúde pública (em especial), desafiando o conhecimento científico. Diante dessas circunstâncias, vale muito a pena investigar os limites dessa nova atividade jornalística na prática, partindo de sua proposta contra a desinformação e tendo ainda em vista que a atividade vem sendo apresentada como uma renovação do jornalismo. Cabe verificarmos especialmente se os valores que fizeram da imprensa moderna uma valiosa ferramenta de manutenção da democracia liberal, operando em conjunto com outras, podem, mais uma vez, trazer-lhe estabilidade. Tendo em vista que a agência Lupa foi muito criticada nas redes sociais antes, durante e imediatamente depois do anúncio da parceria com o Facebook para checar as informações postadas na rede social durante o período eleitoral de 2018 no Brasil, julgamos conveniente investigá-la mais detidamente, observando-a durante o aquele conturbado pleito e ainda considerando a sua trajetória anterior. A primeira parte desta tese, portanto, trará uma análise da(s) justificativa(s) acerca de sua missão e atuação, especialmente no contexto das eleições de 2018 no Brasil. Já a segunda parte colocará à prova alguns elementos desta(s) justificativa(s), averiguando a hipótese de que os princípios e a metodologia seguidos pela agência redundaram em limitações para que realizasse uma cobertura da campanha eleitoral de 2018 a contento. De todas as constatações dessa pesquisa, a mais notória revelou que a agência representa um movimento da mídia de massa para recuperar novamente o domínio do discurso sobre a realidade (da) política, tal como foi durante boa parte do século passado. Trata-se, portanto, de uma tentativa de retomada do poder do discurso. Neste sentido, a agência tenta empreender uma reconquista da opinião pública; muito embora encontre dificuldades exatamente por insistir em enxergar a realidade política apenas pelas lentes liberais, através das quais o conflito é visto como uma anomalia indesejada. |