Desenvolvimento e validação de manual de matriciamento em saúde mental infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro, Nayara Regyla Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105913
Resumo: A Atual Política de Saúde Mental Infantojuvenil objetiva a superação de práticas fundadas em uma lógica institucionalizante, higienista e excludente a qual ficaram submetidos milhares de crianças e adolescentes reclusos em instituições que se diziam protetoras desses sujeitos, como abrigos e hospitais psiquiátricos. Apesar dos notórios avanços nas últimas décadas, com a criação de uma política pública voltada para a saúde mental da infância, o Sistema Único de Saúde ainda carece de maior articulação entre os pontos da Rede de Atenção Psicossocial. Este trabalho intersetorial e multiprofissional entre os diferentes níveis de atenção se faz imprescindível para a garantia do direito à saúde e à cidadania. Nesse sentido, destaca-se o apoio matricial, que pode ser entendido como uma estratégia de trabalho em que se valoriza o processo de saúde-doença, a interdisciplinaridade e a clínica ampliada. O presente estudo se propôs a desenvolver um Manual de Matriciamento em Saúde Mental Infantil para orientação de profissionais de saúde. A pesquisa é de natureza metodológica, tendo como base a pesquisa qualitativa, mediante entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde de um Centro de Atenção Psicossocial e de Equipes de Saúde da Família que serviu de bússola para construção da tecnologia. No caso da validação por experts, estes deveriam possuir conhecimento acerca da temática em estudo para poder avaliar a aparência, representatividade e relevância do conteúdo do material educativo. Durante as entrevistas realizadas com os profissionais da APS e do CAPS foi possível perceber uma visão bastante crítica sobre os obstáculos à efetivação de uma política de saúde mental infantil, os quais perpassam maior investimento em ações de matriciamento e educação permanente das equipes. Destaca-se também a percepção do grande potencial que as ações colaborativas intersetoriais têm para a mudança da realidade da atenção psicossocial infantojuvenil. A avaliação dos juízes especialistas evidenciou que a tecnologia educacional apresentou conteúdo pertinente e válido no que diz respeito aos objetivos, à aparência, à estrutura, à organização e à relevância, atingindo índice de validade de conteúdo global ótimo. Da mesma forma, a avaliação do público-alvo teve um índice de concordância positivo, tornando o instrumento válido para o trabalho das equipes matriciadoras e de referência, bem como de outros profissionais da rede intersetorial.