Gêneros textuais e ensino-aprendizagem de línguas: um estudo sobre as crenças de alunos-professores de letras/língua inglesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Maria Zenaide Valdivino da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=68312
Resumo: Sabemos que o estudo das crenças é recente no Brasil e está em plena fase de expansão. Por esse motivo, entendemos que é importante apresentar perspectivas de investigação nesse campo e seguir as orientações dos estudiosos de realizar pesquisas sobre crenças de aspectos mais específicos do ensino-aprendizagem de línguas. Neste trabalho, objetivamos descrever, analisar e discutir as crenças de alunos-professores de Letras acerca da utilização dos gêneros textuais no ensino de língua inglesa. Dessa forma, este estudo é norteado pelas temáticas de Crenças e de Gêneros Textuais. Para tratar de crenças, tomamos por base os estudos de Barcelos (2010, 2008, 2006, 2003), Silva (2010, 2007) Freudenberger e Rottava (2004), Kudiess (2004), Pajares (1992), dentre outros. Para tratar de gêneros textuais, nos reportamos a Bakhtin (2000), Bazerman (2005, 2006), Bronckart (1999), Dolz e Schnewuly (2004), Miller (1984), Swales (1990). Trata-se de uma pesquisa descritiva e interpretativista, cujos dados são analisados qualiquantitativamente. Como instrumentos de pesquisa, foram utilizados um questionário, com perguntas abertas e fechadas, um inventário e uma entrevista. O contexto da pesquisa é a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, com alunos informantes do sexto e do oitavo períodos do curso Letras/Língua Inglesa, totalizando quinze participantes. Os resultados revelam que alguns alunos conceituam gêneros como ação sócio-comunicativa, o que vem ao encontro das teorias. Ainda reconhecem a importância de relacionar gênero e ensino, sob essa perspectiva. Percebemos que eles têm tido conhecimento de algumas teorias que conceituam gênero numa perspectiva funcional, social e interacional, no entanto, apresentam as seguintes lacunas: (1) a ênfase dada aos gêneros escritos em detrimento aos orais; (2) o não discernimento do que é gênero, suporte ou meio; (3) dificuldade em entender texto numa perspectiva ampla; (4) dificuldade ainda de definir e distinguir alguns gêneros. Os resultados mostram crenças em mudança, ou seja, crenças que já diferem de algumas concepções tradicionais, mas também revelam aspectos que precisam ser enfatizados. Portanto, apesar de alguns avanços, o momento ainda não é satisfatório para o ensino-aprendizagem de língua inglesa pautado nos gêneros textuais. Isso porque os professores em formação investigados não têm desenvolvido crenças levando em conta esses aspectos que, a nosso ver, são cruciais para o ensino com gêneros textuais. Palavras-Chaves: Crenças. Gêneros textuais. Ensino-aprendizagem. Alunos- -professores. Língua Inglesa.