Efeitos do anetol nas alterações eletrofisiológicas do nervo vago em modelo de diabetes adulto induzido por STZ em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Amancio, Livia Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98677
Resumo: O Diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico decorrente de diminuição na produção e/ou liberação de insulina ou da atividade da insulina liberada, caracterizada por níveis elevados de glicose sanguínea (hiperglicemia) (DIRETRIZES, 2017). O DM, por causa da hiperglicemia, produz uma cascata de inflamação no organismo, tendo como complicação a neuropatia autonômica. O vago é o principal nervo do Sistema Nervoso Autonômico e alterações em sua função podem comprometer vários sistemas, dentre eles o sistema digestório. O anetol, é um monoterpenoide presente em óleos essenciais de plantas medicinais, estas são utilizadas na medicina popular para tratar ansiedade, insônia e aliviar desbalanço gastrointestinal. O anetol tem efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, protetores contra as ações deletérias do DM. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi investigar o possível efeito protetor do anetol nas alterações eletrofisiológicas no nervo vago a partir do segmento abdominal em modelo de diabetes adulto. Foram utilizados ratos Wistar (Rattus novergicus) de ambos os sexos, com peso entre 180 a 220 g. Os animais adultos (8 semanas de vida) foram aleatoriamente alocados nos grupos experimentais: controle (CT); diabético (DM); controle com anetol (CA) e diabético tratado com anetol (DMA). O DM foi induzido com estreptozotocina em dose única de 65 mg/kg (i.p.) na 8ª semana de vida dos animais e estes foram acompanhados por 1 mês após a indução e o tratamento foi realizado com anetol (250 mg/kg/dia v. o.), 48 h após administração de STZ e confirmação do DM. Um mês após administração de STZ foi realizado a eutanásia e o registro do potencial de ação composto (PAC) do nervo vago, porção abdominal. Para causar o PAC da fibra C foi aplicado no nervo um pulso gerado pelo estimulador do tipo onda quadrada com amplitude de 60 V (volts), duração de 1,5 ms e aplicados a uma frequência de 0,2 Hz. Os animais com hiperglicemia apresentaram características comuns ao DM, como: poliúria, polifagia, perda de peso e polidipsia. Entretanto o grupo DMA mostrou melhoras nos parâmetros associados ao diabetes, tais como: redução da hiperglicemia, menor consumo de água e ração e menor volume urinário quando comparado ao grupo DM. Os parâmetros eletrofisiológicos mostraram para o grupo DM, aumento da velocidade de condução, da duração do 1º componente do PAC e da reobase e diminuição da cronaxia. O tratamento com anetol reverteu parcialmente estes efeitos. Conclui-se que o tratamento com anetol foi parcialmente eficaz em proteger contra alterações do DM nas fibras C do vago, mas para dados eletrofisiológicos ainda são necessários mais estudos sobre ação do anetol na neuropatia diabética.