Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Goncalves, Atila Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107276
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Resumo: |
Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica metabólica caracterizada por uma hiperglicemia sustentada, causada pela deficiência na produção de insulina e/ou resistência à ação da insulina nos tecidos. Dentre as complicações geradas pelo DM, destaca-se a disfunção vesical diabética (DVD), uma das mais sérias complicações diabéticas. Anetol um terpenóide e constituínte principal de muitos óleos essenciais, possui atividades hipoglicemiante, antioxidante e anti-inflamatória já relatada na literatura. Assim, este estudo foi realizado para estudar os efeitos benéficos do anetol nas possíveis alterações provocadas pelo DM na bexiga urinária. Na 8ª semana de vida os animais foram separados randomicamente em quatro grupos: grupo controle (CT), grupo diabético (DB), grupo controle tratado com anetol (CTT) e grupo diabético tratado com anetol (DBT). O DM foi induzido em ratos wistar machos pela administração intraperitoneal de estreptozotocina (STZ, 60 mg/kg p.c). Anetol foi administrado nos animais diabéticos na dose de 300 mg/kg/dia por quatro semanas, após a confirmação dos animais diabéticos (após 48 horas depois da indução). Foi mensurado, semanalmente, glicemia, massa corporal, consumo de água e ração e volume urinário, por meio de gaiolas metabólicas. Ao final da 12ª semana de vida, os ratos foram eutanasiados por inalação de CO2 e tiveram suas bexigas urinárias dissecadas, pesadas e com suas áreas totais mensuradas. Ao final da quarta semana os animais do grupo DB apresentaram uma glicemia média de 488,76 ± 20,153 mg/dL (17) e o tratamento com anetol (grupo DBT) diminuiu significativamente esse valor para 365,09 ± 12,595 mg/dL (16), caracterizando uma diminuição de 25% da glicemia. DM aumentou a espessura e a área do músculo liso detrusor (MLD) no grupo DB para os valores 304,3 ± 7,38 m e 154,6 ± 9,45 m2 (9), respectivamente. O tratamento com anetol preveniu totalmente esse aumento no grupo DBT, apresentando os seguintes valores de espessura e área de MLD 172,6 ± 8,81 m e 99,8 ± 8,65 m2 (5), respectivamente. A análise histopatológica demonstrou que o grupo DB apresentou atrofia da camada urotelial, com diminuição de células globosas, presença de edema e de infiltrado polimorfonuclear. O DM diminuiu as respostas contráteis do MLD às concentrações crescentes e não cumulativas de K+-isotônico e CCh, caracterizando uma hipoatividade muscular. O tratamento com anetol preveniu parcialmente essas alterações. Houve uma diminuição na quantidade de tióis reduzidos no grupo DB, porém o tratamento não preveniu essa diminuição. O DM não alterou a atividade da enzima catalase, entretanto diminuiu a atividade da SOD no grupo DB (122,5 ± 9,2 U SOD / mg de proteína). O tratamento com anetol aumentou significativamente a atividade da SOD no grupo DBT (353,1 ± 38,3 U SOD / mg de proteína). Os dados obtidos neste estudo permitem a conclusão de que o DM altera os parâmetros metabólicos, morfológicos, funcionais e redox em MLD e que o anetol previne a maioria dessas alterações, em alguns casos parcial, em outro totalmente, provavelmente por sua ação antioxidante e anti-inflamatória. Entretanto, vale ressaltar, que estudos adicionais são necessários para que seja confirmado nossa hipótese de mecanismo de ação. Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Músculo Liso detrusor. Anetol. Bexiga. Complicações diabéticas. Estreptozotocina. |