Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Renata Vieira Do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=101412
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Resumo: |
Prochilodus brevis, ou curimatã comum, é um peixe reofílico que encontra-se com sua sobrevivência ameaçada por ações antrópicas. Assim, esforços pela preservação da espécie têm sido tomados, o que tornou necessário aprimorar as biotécnicas reprodutivas, como a criopreservação seminal, com potenciais agentes antioxidantes. Diante disso, o estudo objetivou elaborar um protocolo de criopreservação seminal de P. brevis suplementando o meio de congelação com polissacarídeos sulfatados (PS), extraídos de algas marinhas (Gracilaria domingensis ou Ulva fasciata) ou pele de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Para isso, no experimento 1, verificou-se o potencial antioxidante in vitro (análises de DPPH, capacidade quelante do ferro e capacidade antioxidante total) das glicosaminoglicanos (GAG) da pele de O. niloticus e sua suplementação, em diferentes concentrações (0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5; 4,0; 4,5 ou 5,0 mg/mL), no meio de congelação seminal (Glicose + dimetilsufóxido - DMSO). No experimento 2, o sêmen foi diluído no meio de congelação (Glicose + DMSO) suplementado com diferentes concentrações (0.5, 1.0, 1.5, 2.0, 2.5 e 3.0 mg/mL) de PS de duas algas marinhas (G. domingensis ou U. fasciata). Em ambos os experimentos, um tratamento não suplementado foi utilizado como controle, as amostras foram criopreservadas e, após um período, analisadas: cinética (motilidade total; motilidade progressiva; velocidade curvilinear [VCL], velocidade em linha reta [VSL], velocidade média de deslocamento [VAP], linearidade [LIN] e oscilação [WOB]), morfologia, integridade de membrana plasmática (IMP) e de DNA espermáticos (IDE) e potencial de membrana mitocondrial (PMM experimento 2). No experimento 1, foi verificado que os GAG nas maiores concentrações apresentam maior ação antioxidante in vitro, especialmente na atividade quelante do ferro, contudo o aumento das concentrações dos GAG diminuiu os parâmetros cinéticos, porém a concentração de 0,5 mg mL-1 apresentou resultados semelhantes ao controle. Para os parâmetros de morfologia, IMP e IDE, não houve diminuição dos resultados com o aumento das concentrações das GAG. No experimento 2, não houve interação entre as algas e as concentrações. As algas testadas, independentemente da concentração, não diferiram entre si. Ao comparar as concentrações, independentemente da alga, 1,0 mg/mL de PS apresentou melhores resultados para VCL e VSL. Para VAP e WOB, 1,0 mg/mL de PS apresentou melhores resultados, mas diferiu estatisticamente apenas de 3,0 mg/mL. LIN seguiu o mesmo padrão, mas diferiu estatisticamente das concentrações de 2,5 e 3,0 mg/mL de PS. Para motilidade progressiva, 1,0 mg/mL de G. domingensis apresentou resultados superiores em relação ao controle. Para PMM, G. domingensis foi superior a U. fasciata, independentemente da concentração. As menores concentrações (0,5 e 1,0 mg/mL) apresentaram os melhores resultados, independentemente da alga. No entanto, para PMM, o controle foi superior a todos os tratamentos testados. Dessa forma, conclui-se que os GAG, extraídos da pele de O. niloticus, possuem ação antioxidantes in vitro e as menores concentrações (0,5 mg/mL) de GAG e PS de G. domingensis são um suplemento em potencial para o meio de congelação de P. brevis. |