Vitrificação espermática de Prochilodus brevis: diluentes, crioprotetores, volume armazenado e suplementação com polissacarídeos sulfatados extraídos da pele de Oreochromis niloticus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Priscila Silva De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97815
Resumo: Prochilodus brevis é um importante peixe reofílico, cuja sobrevivência tem sido ameaçada por ações antrópicas, sendo necessário desenvolver biotecnologias para sua conservação, como a vitrificação seminal. Portanto, o estudo objetivou elaborar um protocolo de vitrificação para o sêmen de P. brevis, definindo o melhor diluente, a concentração de crioprotetor, o volume de armazenamento da amostra vitrificada e a suplementação do diluidor com polissacarídeos sulfatados (PS) extraídos da pele de O. niloticus. Foram realizados dois Experimentos de vitrificação seminal. O Experimento 1 foi dividido em duas etapas, que consistiram em avaliar dois crioprotetores (DMSO ou Etilenoglicol-EG) e sua associação (DMSO+EG) em diferentes concentrações (10%, 20% e 30%), bem como sua interação com dois diluentes [Glicose 5% - etapa 1; e Água de Coco em Pó (ACP-104) – etapa 2]. No Experimento 2, avaliou-se a influência do diluente (Glicose 5% ou ACP-104), do volume armazenado (60 µL e 420 µL) e da suplementação do meio criodiluidor com 0,5 mg.mL-1 de PS. Em ambos os experimentos, o sêmen coletado foi diluído, vitrificado pelo método de gotas e armazenado em criotubos no nitrogênio líquido. Após 15 dias, as amostras foram descongeladas, centrifugadas, ressuspensas e avaliadas quanto à cinética, morfologia e integridade de membrana plasmática (IMP) e de DNA espermáticos (IDE). No Experimento 1, não houve interação (P>0,05) entre crioprotetores e suas concentrações para os parâmetros cinéticos e de morfologia. Contudo, ocorreu interação (P<0,05) para os demais parâmetros: a IMP foi superior quando se utilizou Glicose 5%+EG 10% e ACP-104+EG 30%; já a IDE foi superior com EG 30% para ambos os diluentes. No experimento 2, ACP-104 mostrou-se superior (P<0,05) à Glicose 5%. A suplementação com PS melhorou (P<0,05) as taxas de IMP e IDE, que foram superiores (P<0,05) quando a amostra foi armazenada em menor e em maior volume, respectivamente. Houve interação (P<0,05) entre diluente e volume armazenado, sendo ACP-104 superior à Glicose 5% para motilidade em ambos os volumes, e para Velocidade média do percurso (VAP) e IMP no volume maior. Glicose 5% teve VAP e integridade de membrana superiores quando armazenada em menor volume. Houve interação tripla (P<0,05) para IDE, que foi superior com ACP-104 e armazenado em maior volume, independente da suplementação. Conclui-se que ACP-104, associado a EG 30%, suplementado com 0,5 mg.mL-1 de PS e armazenado em maior volume compõem o melhor tratamento para a vitrificação espermática de P. brevis.