Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lobato, Jessica Sales |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107310
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Resumo: |
O tambaqui é um peixe teleósteo nativo da Bacia Amazônica que apresenta características desejáveis para o cultivo e aceitação pelo mercado consumidor. Com isso, cresce o interesse no desenvolvimento de biotécnicas reprodutivas, como a criopreservação seminal. No entanto, a diminuição da temperatura pode ocasionar danos aos espermatozoides, dentre eles a elevada produção das espécies reativas de oxigênio. Os polissacarídeos sulfatados (PS) são polímeros naturais que podem apresentar diversas propriedades, inclusive antioxidante, e podem ser encontradas no organismo de espécies de macroalgas marinhas. Assim, o objetivo do estudo foi analisar o uso de PS extraídos das macroalgas verdes Ulva lactuca e Caulerpa racemosa, na suplementação do criodiluidor do sêmen de tambaqui. Para isso, 30 machos previamente selecionados foram induzidos hormonalmente pela aplicação de extrato hipofisário de carpa em dose única. Após 14h, os animais foram sedados a base de eugenol, o sêmen foi coletado e analisado para a formação de pools. O sêmen fresco, em pools, foi analisado quanto à cinética espermática, morfologia, integridade de membrana e DNA. Para a criopreservação, os pools foram diluídos e congelados em solução contendo glicose 5% e dimetilsulfóxido 10%, suplementadas com diferentes concentrações (1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 mg mL-1) de PS de cada macroalga. Uma solução não suplementada foi utilizada como controle. Decorridos 15 dias, as amostras foram descongeladas (45 ºC/8 s) e avaliadas quanto aos mesmos parâmetros do sêmen fresco. Por meio de análise estatística, os resultados obtidos mostraram que não houveram diferenças significativas (p > 0,05) entre as diferentes concentrações de PS das macroalgas testadas para nenhum dos parâmetros avaliados. Já em relação ao controle, não houve diferença nas concentrações (p > 0,05) para a motilidade total, no entanto, para VCL, VSL e VAP, as concentrações de 3,0 e 4,0 mg mL-1 de U. lactuca foram prejudiciais (p < 0,05). O mesmo foi observado em 4,0 mg mL-1 de C. racemosa para VSL e VAP. Para a morfologia, 1,0 e 4,0 mg mL-1 de C. racemosa reduziram os espermatozoides normais (p < 0,05), enquanto para as demais concentrações não houve diferença (p > 0,05). Para todas as concentrações de ambas as macroalgas, a integridade de membrana plasmática foi mantida (p > 0,05). Quanto à integridade do DNA, apenas 4,0 mg mL-1 de U. lactuca foi inferior ao controle (p < 0,05), enquanto as demais concentrações mantiveram o número de espermatozoides com DNA íntegro (p > 0,05). De acordo com os resultados obtidos, concentrações mais elevadas de PS são prejudiciais aos espermatozoides de tambaqui no meio de congelação, enquanto concentrações mais baixas mantiveram parâmetros espermáticos. |