CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL COMO SUBSÍDIO À AÇÃO DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E ADESÃO AO TRATAMENTO DE PESSOAS COM HIPERTENSÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SOUZA, ANA CÉLIA CAETANO SE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=88386
Resumo: A hipertensão é um problema de saúde que tem acometido parcela significativa da população e que requer longo tempo de tratamento, podendo afetar a qualidade de vida das pessoas com a enfermidade. Assim, o objetivo desse estudo foi testar a eficácia de uma tecnologia educacional (álbum seriado) como subsídio ao enfermeiro para promoção da qualidade de vida e adesão ao tratamento em pessoas com hipertensão arterial. Tratou-se de um estudo com duas fases, sendo a primeira uma pesquisa metodológica e a segunda um estudo quase-experimental, do tipo antes-depois. A amostra foi constituída de 116 pessoas vinculadas a seis Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) do município de Fortaleza-Ceará-Brasil. A tecnologia criada foi um álbum seriado contendo 11 figuras e 11 fichas-roteiro que abordou a promoção da qualidade de vida e adesão ao tratamento da hipertensão arterial. No estudo metodológico foi realizado teste-piloto com pessoas com hipertensão e validada o álbum seriado por especialistas. No quase-experimento, a coleta de dados se deu com a validação clínica da tecnologia, que ocorreu de novembro de 2014 a março de 2015 em três momentos. No primeiro momento, aplicaram-se os instrumentos Miniquestionário de qualidade de vida para hipertensos (MINICHAL) e Questionário de adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica (QATHAS) e as cinco primeiras figuras e fichas-roteiro. No segundo momento, aplicaram-se o MINICHAL e as três figuras e fichas-roteiro sobre adesão ao tratamento. No terceiro momento, aplicou-se o MINICHAL, o QATHAS e as três últimas figuras e fichas-roteiro sobre qualidade de vida. Nos três momentos foram verificadas as medidas antropométricas e clínicas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. No pré-teste da tecnologia educacional por pessoas com hipertensão, o material foi considerado relevante, com pontuação global de 0,98. Na validação por especialistas, realizada com 15 juízes, obteve-se índice de validade de conteúdo de 0,88 e validade de aparência de 0,97. Na validação clínica, a grande maioria (78,44%) dos participantes era do sexo feminino, mais da metade (67,24%) eram idosas, com baixa escolaridade (71,55%) e baixa renda (75%) e pouco mais da metade tinha companheiro (56,89%); o tempo de diagnóstico de hipertensão teve média de 12,49 ± 10,00, quase a totalidade (98,3 %) dos participantes realizava tratamento medicamentoso e mais da metade (59,5%) o não medicamentoso. A pressão arterial sistólica (PAS) apresentou média de 135,19 ± 19,90 mmHg e a pressão arterial diastólica (PAD) de 75,50 ± 11,46 mmHg. O peso teve média de 70,24 ± 14,58 Kg, o Índice de Massa Corporal (IMC) de 30,22± 5,6 e a circunferência abdominal (CA) de 103,74 ± 12,48 cm. PAS e PAD apresentaram reduções, sendo estaticamente significativa a redução na PAS (p&lt;0,05), com<br/>diminuição na média de 6,64 mmHg. O peso e o IMC registraram leve aumento, não significativos estaticamente. A CA apresentou aumento estatisticamente significativo, porém sem relevância clínica. O álbum seriado promoveu melhoria da qualidade de vida, com média de 11,66±7,55 antes e de 7,71±5,72 depois da aplicação, apresentando diminuição estatisticamente significativa e média de diferenças de 3,95 no escore total e média de 5,66 ± 4,06 antes e de 3,72±2,91 após aplicação do álbum seriado no escore do domínio mental, apresentando melhoria estatisticamente significativa e no domínio físico média de 6,01 ± 4,50 e de 3,98±3,58 também estatisticamente significativa (p&lt;0,001). As médias das diferenças foram de 1,94 no domínio mental e de 2,03 no físico. Portanto, o álbum seriado conseguiu melhorar a qualidade de vida em quase quatro (04) pontos. A adesão ao tratamento apresentou média de 98,03 ± 7,08 antes e de 100,71 ± 6,88 depois da intervenção, com o álbum registrando aumento estaticamente significativo (p&lt;0,001) e média de diferença de 2,68. Conclui-se que a intervenção educativa com o álbum seriado melhorou o escore total da qualidade de vida e os escores dos domínios físico e mental, além de aumentar a adesão ao tratamento em pessoas com hipertensão.<br/>Descritores: Tecnologia educacional; Qualidade de vida; Adesão ao tratamento; Hipertensão.