Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Stascxak, Francinalda Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103222
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Resumo: |
Este estudo dissertativo insere-se no campo da história da educação, com ênfase na historiografia da formação de professores e na educação das crianças pequenas, realizada nos jardins de infância. Como forma de aproximação de tal contexto, a questão que inquietou este processo de escrita foi: Quais as contribuições da educadora Alba de Mesquita Frota no contexto da educação infantil pública na cidade de Fortaleza (1937 a 1954)? Portanto, esta pesquisa teve como objetivo principal biografar Alba de Mesquita Frota com ênfase na sua atuação na primeira instituição pública de educação infantil na cidade de Fortaleza-Ceará, no período de 1937 a 1954. O alicerce teórico ampara-se nos pressupostos da História Cultural, em autores como Burke (2008; 2010), Barros (2010; 2013), Chartier (2002) e Pesavento (2014), que ocasionados pela quebra de paradigmas, possibilitou estudos além da história de personagens heroicos; na Micro-História, a partir dos estudos de Levi (2011) e Revel (2010), uma vez que se possibilita, a partir de uma vida, perceber as nuances que compõem os contextos macrossociais imbricados; bem como da Biografia, em Dosse (2015; 2020) e Loriga (2011), pelo fato de ser um gênero que promove reflexões centradas em um indivíduo que pode reverberar na vida de outras pessoas, neste caso, na vida de professores. Por conseguinte, a tessitura metodológica deste trabalho deu-se por intermédio da História Oral, amparada em pesquisas de autores como Alberti (2004; 2013) e Meihy; Holanda (2018) com entrevistas realizadas com pessoas que tiveram aproximação com a biografada, entrecruzada com diversas fontes imagéticas, memorialista, documentos da instrução pública, documentos pessoais, da imprensa etc. Como resultados, aponta-se que Alba Frota usufruiu de privilégios concedidos, em sua maioria, às moças da elite econômica cearense, uma vez que teve a oportunidade de estudar em um dos colégios femininos mais bemconceituados, o Colégio da Imaculada Conceição, onde passou dez anos interna, saindo de lá formada no curso normal em 1925. Alba passou a atuar no Grupo Escolar de Parangaba e no Grupo Escolar José de Alencar, no centro de Fortaleza, sendo que de 1934 em diante, trabalhava um turno em cada escola até o ano de 1937, quando passou a integrar o corpo docente da primeira instituição de educação pré-primária de Fortaleza, a Cidade da Criança. Nessa escola, foi professora efetiva, vice-diretora e diretora num período que compreendeu dezesseis anos. Após a sua morte, a Cidade da Criança foi redenominada, passando a chamar-se Escola Alba Frota pelo reconhecimento à sua importante atuação. Recebeu homenagens póstumas também de um grupo de amigos e colegas de trabalho da UFC com um livro memorialístico Albinha. Alba Frota foi uma mulher que desfrutou de liberdades como participar de grupos literários, trabalhar e viajar desacompanhada, uma vez que optou pela vida de solteira, o que deu a ela certas prerrogativas que eram negadas às mulheres casadas na época em estudo. Palavras-chave: Alba Frota. Educação de mulheres. Educação infantil. Mulheres educadoras. História da educação cearense. |