Cuidados para prevenção de lesão por pressão relacionada a cpap nasal em neonatos prematuros: uma revisão sistemática

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Domingos, Joao Emanuel Pereira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=108188

O recém-nascido prematuro crítico em uso de CPAP nasal está exposto à ocorrência de lesão por pressão relacionada ao dispositivo médico. Assim, para prevenir o surgimento de lesão e ruptura da pele nasal, se faz necessário a identificação de medidas e cuidados que contribuíam na prevenção desse agravo. Desse modo, o estudo teve como objetivo avaliar as evidências quanto aos cuidados preventivos de lesão por pressão por CPAP nasal em neonatos prematuros. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, sob número de registro CDR42022321919, realizada nas seguintes etapas: preparação de uma proposta de revisão sistemática, desenvolvimento de protocolo e registro na PROSPERO, síntese dos dados, avaliação da qualidade das evidências científicas, escrita dos resultados, publicação e divulgação do conhecimento gerado, transposição das evidências para a prática. A busca nas bases ocorreu no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, mediante o uso de descritores controlados, termos em associação com operadores boleanos, realizada na PUBMED via Medline, Embase, Scopus, Web of Science, CINAHL, consultadas via Plataforma CAPES e LILACS. As fontes da literatura cinzenta foram: Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e Open Grey. O processo de busca, seleção e extração dos dados foi realizado de forma pareada, por meio dos softwares EndNote Web e Rayyan. A avaliação do risco de viés ocorreu pelo ROB II, por meio do software Review Manager 5.4. A qualidade metodológica por meio do sistema GRADE e para a classificação do Nível de Evidência adotou-se o proposto pela Oxford Centre for Evidence-Based Medicine, em versão adaptada. Foram encontrados 3.818 artigos, restando mediante a exclusão de duplicados, análise de título e resumo, a após a análise na íntegra e avaliação da adequação aos critérios de elegibilidade, 65 artigos. Desses, 9 foram incluídos para a análise. A busca na literatura cinzenta resultou em apenas 1 achado, que não atendia a temática. Em relação a qualidade de evidência segundo os domínios do GRADE, a maioria dos estudos foram classificados de alta qualidade, quanto ao risco de viés de acordo com o RoB 2, grande parte dos estudos foram classificados com baixo risco de viés. Os estudos em maioria, apontaram que quanto menor idade gestacional e menor peso ao nascer, maior suscetibilidade a trauma nasal, e que a maioria das internações em UTIN, são de prematuros do sexo masculino. Identifocu-se como principais fatores de risco: tempo de duração de tratamento com CPAP nasal, menor flexibilidade e suavidade da interface, tamanho e posicionamento interface de oferta, fixação inadequada. Já as complicações mais prevalentes: pneumonia, sepse, displasia broncopulmonar, leucomalácia periventricular cística. Como interface de oferta, o uso da pronga é mais prevalente, e estão associadas à maior risco de incidência de lesão pele nasal, bem como maior gravidade, em comparação à máscara. Os cuidados eficazes na prevenção de lesão nasal, foram: rotação sistêmica (alternância do uso de interface de oferta), utilização de barreira protetora na pele da área nasal, a exemplo do hidrocoloide e fita de silicone em gel, inspeção diária da pele no RN, além do uso de protocolos e diretrizes clínicas para nortear o cuidado, priorizar o uso da máscara nasal, quando houver as duas interfaces de oferta e umidificação presente no CPAP. Assim, conclui-se que medidas preventivas podem reduzir a incidência e gravidade da lesão nasal, e que são necessários estudos que garantam a aplicabilidade dos cuidados na prática profissional. Palavras-chave: Recém-nascido. Lesão por Pressão. Pressão Positiva Contínua nas Vias Aerás. Cuidados Preventivos. Terapia Intensiva Neonatal.