Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Barreto, Joao Osmiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=29316
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Resumo: |
Recem nascidos de muito baixo peso (RNMBP) apresentaram com frequencia disturbios respiratorios ao nascimento, sendo o mais comum a Sindrome do Desconforto Respiratorio, que se cacateriza pelas restricoes a ventilacao, em virtude de atelectasias sucessivas, decorrentes da ausencia de surfactante. O tratamento consiste em medidas que possibilitam adequada expansao das areas nao ventiladas, como por exemplo, o uso de surfactante, e em medidas que evitem o colabamento de areas ainda funcionantes, como o uso da pressao positiva continua em vias aereas (CPAP) nasal. OBJETIVOS: avaliar a evolucao clinica dos RNMBP submetidos ao CPAP nasal como primeira modalidade de assistencia ventilatoria, atendidos em unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) no Municipio de Fortaleza. METODOLOGIA: Estudo de corte, prospectivo, em Recem-nascidos de muito baixo peso, internados nas oito UTIN de Foratleza, no periodo de 01 de marco de 2002 a 28 de fevereiro de 2003, seguidos ate sua alta. Foram analisadas as variaveis: pre-natal, uso de corticoide antenatal, sexo, gemelaridade, peso de nascimento, tipo de parto, procedencia, reanimacao em sala de parto, intubacao em sala de parto, CPAP nasal, ventilacao mecanica e evolucao clinica dos RN tratados com CPAP nasal. RESULTADOS: Foram estudados 755 recem-nascidos de muito baixo peso, dos quais 173 (22,9%) utilizaram CPAP nasal como primeira modalidade de assistencia ventilatoria. A media de peso foi 1291g. A maioria dos RN teve acesso a, pelo menos, uma consulta pre-natal (82,7%). A utilizacao de corticoide antenatal foi bastante reduzizda (20,2%). O percentual de parto operatorio foi de 64,7%. O uso da surfactante foi reduzido (11%). Ao comparar-se os RN que utilizaram CPAP nasal como primeira modalidade de assistencia ventilatoria com os que foram ventilados, obsevou-se que o pre-natal foi um fator de protecao para o uso do CPAP (p=0,0057), a medida que o peso aumenta, maiores sao as chances deste RN nao necessitar de ventilacao mecanica (p=0,0001). Intubacao em sala de parto foi um fator de risco para uso de ventilacao mecanica (p=0,0001). A evolucao clinica dos RN que utilizaram CPAP nasal como primeira modalidade de assistencia ventilatoria foi a seguinte: evolucao satisfatoria, 119 (68,8%), e 54 (31,2%), necessitaram de ventilacao mecanica. Sexo, gemelaridade, tipo de parto, procedencia, pre-natal e corticoide antenatal nao estiveram associados estatisticamente com a evolucao satisfatoria do RN em uso do CPAP nasal; entretanto, intubacao em sala de parto (p=0,0007) e peso (p=0,0000) obtiveram associacao com a evolucao do CPAP. CONCLUSAO: RNMBP submetidos ao tratamento com CPAP nasal como primeira modalidade de assistencia ventilatoria sao oriundos de maes que realizaram pelo menos uma consulta pre-natal; tiveram um peso maior, 7,5% foram intubados em sala de parto e utilizaram pouco o surfactante pulmonar exogeneo, apesar de uma elevada incidencia de SDR. A evolucao satisfatoria destes RN, esteve, no entanto, associada a um peso de nascimento maior e ao nao uso de intubacao em sala de parto. VON utilizou mais CPAP nasal que Fortaleza, entanto o uso do CPAP nasal como primeira modalidade de assistencia ventilatoria foi maior em Fortaleza que VON e nenhum RN menor de 750g fez uso desta modalidade de assistencia ventilatoria. Palavras-chaves: CPAP nasal, recem-nascidos de muito baixo peso, disturbios respiratorios. |