Os estágios nas escolas profissionalizantes de ensino médio integrado à educação profissional: a formação do jovem pobre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Rita Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84213
Resumo: <div style="">A presente dissertação buscou analisar os estágios supervisionados nas Escolas Profissionalizantes de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EEEP), bem como sua relação com a formação do jovem pobre no Ceará. Nesse propósito, elencamos como objetivo geral avaliar a função social dos estágios desenvolvidos nas EEEP articulados à premissa do ideário da empregabilidade. Para apreensão da problemática, realizamos um estudo teórico-bibliográfico documental, em que tomamos como referência a perspectiva marxiana, tais como Marx (2010, 2013), Mészáros (2008, 2011) e seus intérpretes. A investigação centra nos cursos de Enfermagem e Comércio ofertados em duas instituições localizadas na cidade de Crato, Cariri, no interior do Ceará. Quanto aos documentos, rastreamos o Guia do Estágio supervisionado, desenvolvido pela Coordenadoria de Educação Profissional – COEDP, Tecnologia Empresarial Socioeducacional – TESE, Lei do Estágio supervisionado. Em linhas gerais, constatamos que os estágios ofertados nas Escolas Profissionalizantes de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EEEP) apresentam como finalidade a preparação do aluno para o mercado de trabalho, no intuito de que este desenvolva o seu potencial de aluno empreendedor na sociedade. Entretanto, existem muitas diferenciações nas áreas de conhecimento. Atestamos que o estágio supervisando na área do curso de Enfermagem tem uma carga horária maior que os demais cursos, iniciada já no primeiro semestre, enquanto que, no curso de Comércio, o estágio supervisionado ocorre apenas no segundo semestre do terceiro ano. Evidenciamos, portanto, a não clareza na Lei de Estágios Supervisionados para a diferenciação das cargas horárias entre os cursos de saúde e as demais áreas, uma vez que o propósito comum é “qualificar o aluno” para o mercado competitivo de trabalho. Concluímos, portanto, que as diretrizes do Programa de Estágio Supervisionado desenvolvido nas EEEP atendem aos interesses do capital em crise estrutural, promovendo a lógica da empregabilidade e empreendedorismo, critérios que passaram a nortear a formação da classe trabalhadora para inserção no mercado de trabalho. Palavras-chave: Estágio nos cursos profissionalizantes. Ensino Médio Integrado. Jovem pobre.</div>