Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
FREIRE, MAURO SÉRGIO SILVA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94059
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Resumo: |
A mortalidade materna é um grave problema de saúde pública que atinge diversos países no mundo, inclusive o Brasil, mais expressivamente, suas regiões Nordeste e Sudeste. Além de representar uma violação dos direitos humanos e reprodutivos das mulheres, o índice de mortalidade materna é um dos indicadores de desenvolvimento humano e socioeconômico de um país. O objetivo da presente pesquisa foi caracterizar o perfil epidemiológico da mortalidade materna no estado do Ceará no período de 2012 a 2017. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa do tipo ecológico. Para realização da pesquisa foram coletados todos os óbitos maternos declarados no Sistema de informação sobre mortalidade e as mortes maternas tardias obtidas através do Módulo de Investigação de Óbitos Prioritários, ambos da base de dados da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. As variáveis sociodemográficas utilizadas foram: Idade, raça/cor, estado Civil e escolaridade. Já os dados relacionados ao perfil clínico enfocaram o período gravídico-puerperal, local de ocorrência, causas obstétricas e o diagnóstico específico de morte de acordo com o CID-10. As mortes maternas foram constituídas em sua maioria por mulheres em plena idade reprodutiva, entre 20-29 anos (39%), solteiras (48%), com 8 a 11 anos de estudo (33%), e de raça parda (69%). A maior parte dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (84%), e o momento mais crítico do óbito foi o puerpério, onde ocorreu o maior percentual de óbitos (55%). Quanto ao perfil clínico, as mortes maternas obstétricas diretas apresentaram o maior número de casos (58%), destacando-se como as três maiores causas de óbito as síndromes hipertensivas, infecções e hemorragias. As doenças do aparelho circulatório (32%) foi a maior causa de morte materna indireta. As mortes maternas tardias corresponderam a 18% do total, e as mortes não obstétricas, obstétrica não especificada e não declaradas somaram 5%. Com a análise dos dados, conclui-se que existe uma tendência a diminuição da mortalidade materna no estado do Ceará, mas não o suficiente para alcançar o preconizado pela Organização Mundial da Saúde, revelando a necessidade de novas políticas públicas de saúde que causem maior impacto na melhoria da assistência materno-infantil.<br/>Palavras-chave: Mortalidade materna. Indicadores de saúde. Saúde da mulher. |