Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Ireny Ferreira |
Orientador(a): |
Menezes, Greice Maria de Souza |
Banca de defesa: |
Alves, Sandra Valongueiro,
Costa, Maria da Conceição Nascimento |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25730
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo analisar a mortalidade materna no Estado do Tocantins de 2010 a 2014. Trata-se de um estudo transversal com análise secundária dos óbitos maternos registrados no Sistema de Informação de Mortalidade Materna (SIM) e dados complementares das Fichas de Investigação do Óbito Materno da Vigilância Epidemiológica Estadual. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto de Saúde Coletiva – ISC/UFBA com protocolo Nº 64669317.1.0000.5030. Os resultados videnciam um cenário de mortalidade materna elevada no Estado do Tocantins (Razão de Mortalidade Materna de 83,8 óbitos/100.000 nascidos vivos), que atingem especialmente gestantes e puérperas de baixa escolaridade, solteiras e pardas. A maior parte dos óbitos maternos e os maiores riscos de morrer por esta causa foram observados nas regiões do Bico do Papagaio, Cerrado Tocantins Araguaia e Sudeste, ou seja, locais com insuficiência de hospitais de referência e pouca cobertura assistencial. As principais causas, representando quase metade das mortes maternas, foram obstétricas diretas, devido a doenças hipertensivas da gravidez, hemorragias e infecções puerperais. A maioria das mortes maternas no Tocantins foram avaliadas como evitáveis, com cuidados a saúde para prevenir ou tratar complicações bem conhecidas. A todas as mulheres deve ser garantido acesso ao pré-natal, cuidados especializados no parto por profissionais de saúde qualificados e no pós-parto, isso, no entanto, ainda se constitui em um grande desafio para um Estado com grandes diferenças regionais. Portanto, é necessário manter a investigação dos óbitos e analisar as falhas na assistência identificando barreiras que limitam o acesso a serviços de saúde materna de qualidade em todos os níveis do Sistema Único de Saúde no estado. Recomenda-se a produção de pesquisas locais sobre essa temática, com estudo mais aprofundado sobre o perfil das mulheres, as causas das mortes, incluindo as tardias e as acidentais e incidentais. Além disso, é fundamental a investigação das desigualdades no acesso e qualidade dos serviços de saúde reprodutiva e materna nas diferentes regiões de saúde do Estado, para identificar especificamente a situação de mulheres da área rural, quilombolas, de aldeias e comunidades ribeirinhas, entre outras, segmentos que possuem dificuldades de acesso à assistência à saúde. |