Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lima, Luana Ribeiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=108168
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa, situada na área de Linguística Aplicada, serve-se, teórico e metodologicamente,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">dos trabalhos desenvolvidos pelos estudos bakhtinianos, que alicerçam a criação da Análise</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Dialógica do Discurso e a proposta da teoria da carnavalização. Dessa maneira,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">fundamentamo-nos, principalmente, em Bakhtin (1993; 2002; 2018) e Bakhtin/Voloshinov</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(2006), assim como em autores contemporâneos que se debruçam sobre os estudos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">relacionados à perspectiva círculo-bakhtiniana da linguagem, tais como Brait (2003; 2010;</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">2013; 2016), Fiorin (2016a; 2016b), Faraco (2009), De Paula (2013), entre outros. O objetivo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">desta pesquisa é, pois, investigar o texto paródico do audiolivro Êxodo, Nos bastidores da</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Bíblia (EBB), de modo a perceber como a carnavalização bakhtiniana se faz presente nesta</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">obra de Carlos Ruas. Produzido em 2016 pela plataforma brasileira de audiolivros Tocalivros,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">o audiolivro EBB é uma paródia da narrativa bíblica encontrada nos livros do Antigo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Testamento, mais precisamente nos primeiros livros, que compõem o chamado Pentateuco. A</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">narrativa de Ruas, à semelhança do texto bíblico, traz ao ouvinte a história de libertação do</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">povo hebreu que, guiado por Moisés, enfrenta diversos obstáculos em seu percurso rumo à</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">terra prometida por Deus. Por outro lado, diferentemente da narrativa das escrituras sagradas,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Ruas conta essa história ao revés. Realizando uma pesquisa qualitativa de viés</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">interpretativista, procedemos à análise do corpus em que se constatou que a versão paródica</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">criada por Ruas constrói uma imagem carnavalizada do relato bíblico ao dessacralizar a</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">natureza e as ações divinas, apresentando um Deus corrompido moral e psicologicamente.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Além disso, Ruas também profana o texto sagrado ao apresentar, por meio do riso</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">carnavalizado, personagens bíblicas fora da sua lógica habitual, como ocorre com as</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">personagens Moisés, Luci e com o próprio narrador da história. A partir disso, este estudo</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">evidenciou a predominância da categoria da cosmovisão carnavalesca denominada</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">profanação, que aparece, na paródia carnavalizada de Ruas, conectada a outras categorias</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">carnavalescas, como o livre contato familiar e as mésalliances carnavalescas. Por tudo isso,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">pode-se afirmar que o discurso parodístico de EBB ressignifica o texto bíblico a partir de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">vários aspectos da cosmovisão carnavalesca, os quais lhe atribuem sentidos valorativos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">incomuns ao discurso religioso judaico-cristão, uma vez que profanam uma narrativa que é,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para muitos, sagrada.</span></font></div> |