Marcha das Vadias como resposta carnavalizada do feminismo: uma análise bakhtiniana de uma campanha fotográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Guedes, Indira Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=108084
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa situa-se no âmbito da Linguística Aplicada (LA) e tem como referencial teórico-metodológico a Análise Dialógica do Discurso (ADD), fundamentada no arcabouço teórico do Círculo de Bakhtin, tais como Bakhtin/Volochínov (1981), Bakhtin(1987, 1993, 2008, 2010) e dos estudos sobre a linguagem verbo-visual bakhtiniana de Brait (2008, 2010). Nessa perspectiva, objetivamos analisar, a partir das categorias de contrapalavra, corpo grotesco, paródia e riso carnavalesco, como militantes do movimento Marcha das Vadias ressignificam termos pejorativos direcionados à mulher e respondem, de forma carnavalizada, a discursos machistas, advindos de uma cultura patriarcal. Denominado originalmente de SlutWalk, a Marcha das Vadias constitui-se como evento de alcance mundial que luta contra as desigualdades de gênero e, principalmente, contra o abuso sexual sofrido por mulheres. Para a constituição do corpus de análise, selecionamos 5 (cinco) anúncios, da campanha fotográfica Feminista Por quê?, que convidam para a Marcha das Vadias de 2012, no Distrito Federal, que apresentam diferentes imagens do sujeito feminista, respondendo e subvertendo discursos de raízes patriarcalistas, que intencionam a coibição da liberdade e dos direitos da mulher. A partir da análise, podemos afirmar que os sujeitos feministas representados na nesta, demonstram, através da linguagem verbo-visual, configurações atualizadas do sujeito “mulher”, na revisão de questões de gênero, sexualidade, direitos, etnia e formação familiar. A conclusão desta pesquisa, portanto, é a de que a campanha fotográfica Feminista Por quê?cumpre com o propósito de sobrepujar ditames machistas, respondendo a estes de forma carnavalizada, por meio da exibição dos corpos grotescos, do riso carnavalesco e da paródia que fazem desses discursos.</span></font>