Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Francisco Raule De |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=101387
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Resumo: |
Esta dissertação teve por objetivo compreender o funcionamento da violência linguística contra corpos trans no jornal O Povo focalizando o caso de transfeminicío cometido contra Dandara dos Santos, no Bairro Bom Jardim em Fortaleza-CE. Foram analisados atos de fala (AUSTIN, 1976) tranfóbicos que relexicalizam e performatizam tanto o corpo de Dandara como de outras mulheres trans e travestis assassinadas. A partir da fundamentação teórico-metodológica da Pragmática Cultural (ALENCAR, 2014; BONFIM, 2011), analisamos o jogo de linguagem (WITTGENSTEIN, 1989) notícia por meio dos atos de fala transfóbicos que relexicalizam e seguem [re]ferindo os corpos trans. Os resultados apontam para aspectos de uma Pragmática da Tortura Transfóbica bem como de uma Gramática da Culpabilização do corpo trans por entender que este embaça a favela entulhando a comunidade e a cidade, além de estarem nos lugares errados, com corpos, vestuário e nomes imprecisos e cuja memória de suas existências são comparadas à corrupção, prostituição e sujeira na cidade. Tais efeitos perlocucionários são também observados em homenagens, manifestações por justiça para Dandara e para todas, livros sobre a vida de Dandara e pesquisas como esta. |