FUTURO PRESENTE: A MINERAÇÃO DA ROCHA RADIOATIVA DE ITATAIA, SANTA QUITÉRIA - CE (1977-2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOUZA, MARIA ELIANE DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94866
Resumo: Este trabalho analisa as relações vivenciadas entre a jazida de Itataia e determinados sujeitos –<br/>especialmente aqueles que vivem em comunidades vizinhas a esse depósito mineral –<br/>investigando qual papel e lugar as rochas de colofanito assumiram na vida desses indivíduos.<br/>Formada por mineralização de urânio associada ao fosfato, a jazida está localizada no município<br/>de Santa Quitéria - CE e é, atualmente, a maior reserva do minério de urânio conhecida no<br/>Brasil. Desde a descoberta do referido depósito de minérios na segunda metade da década de<br/>1970, a sua existência tem estimulado ambições, reações e expectativas diversas, de modo que<br/>coube investigar as formas pelas quais tais comportamentos se manifestaram. Muito mais do<br/>que tão somente um aglomerado de estratos geológicos quaisquer, há a compreensão segundo<br/>a qual a paisagem natural é permeada, também, por outros estratos temporais, memória e uma<br/>complexidade de sentidos e significados que a ela foram atribuídos. Assim, foi possível<br/>constatarmos que diferentes expectativas concernentes à mineração da rocha radioativa foram<br/>evocadas ao longo do tempo, configurando-se em um exercício no qual o futuro é antecipado<br/>e, portanto, torna-se presente. Nesse contexto, enquanto a extração dos minérios de Itataia<br/>aparece, por um lado, como a oportunidade de desenvolvimento nacional, regional e local no<br/>discurso de políticos e empresários, por outro, surge na memória e oralidade de camponeses<br/>residentes nas proximidades da mina como uma espécie de monstruosidade destruidora do meio<br/>ambiente, das vidas que nele habitam e das formas de viver localmente existentes.<br/>Palavras-chave: Jazida de Itataia (CE). Urânio. Natureza. Expectativas. Memória.<br/>