Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, MARIA ELIANE DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94866
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Resumo: |
Este trabalho analisa as relações vivenciadas entre a jazida de Itataia e determinados sujeitos <br/>especialmente aqueles que vivem em comunidades vizinhas a esse depósito mineral <br/>investigando qual papel e lugar as rochas de colofanito assumiram na vida desses indivíduos.<br/>Formada por mineralização de urânio associada ao fosfato, a jazida está localizada no município<br/>de Santa Quitéria - CE e é, atualmente, a maior reserva do minério de urânio conhecida no<br/>Brasil. Desde a descoberta do referido depósito de minérios na segunda metade da década de<br/>1970, a sua existência tem estimulado ambições, reações e expectativas diversas, de modo que<br/>coube investigar as formas pelas quais tais comportamentos se manifestaram. Muito mais do<br/>que tão somente um aglomerado de estratos geológicos quaisquer, há a compreensão segundo<br/>a qual a paisagem natural é permeada, também, por outros estratos temporais, memória e uma<br/>complexidade de sentidos e significados que a ela foram atribuídos. Assim, foi possível<br/>constatarmos que diferentes expectativas concernentes à mineração da rocha radioativa foram<br/>evocadas ao longo do tempo, configurando-se em um exercício no qual o futuro é antecipado<br/>e, portanto, torna-se presente. Nesse contexto, enquanto a extração dos minérios de Itataia<br/>aparece, por um lado, como a oportunidade de desenvolvimento nacional, regional e local no<br/>discurso de políticos e empresários, por outro, surge na memória e oralidade de camponeses<br/>residentes nas proximidades da mina como uma espécie de monstruosidade destruidora do meio<br/>ambiente, das vidas que nele habitam e das formas de viver localmente existentes.<br/>Palavras-chave: Jazida de Itataia (CE). Urânio. Natureza. Expectativas. Memória.<br/> |