MORTALIDADE INFANTIL: ANÁLISE DE FATORES DE RISCO EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANDERS, LÍDIA SAMARA DE CASTRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94378
Resumo: A mortalidade infantil ainda é considerada como grave problema de saúde pública mundial. A taxa de mortalidade infantil (TMI) é um importante indicador epidemiológico internacional, uma vez que tem grande peso na expectativa de vida ao nascer. O conhecimento e análise de fatores de risco para os óbitos de menores de um ano são componentes determinantes que devem ser considerados na elaboração de estratégias para a redução da mortalidade infantil. O objetivo desta pesquisa foi analisar fatores de risco para a mortalidade infantil, no município de Fortaleza-CE, no período de 2005 a 2010. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle. A amostra foi constituída por 147 casos (óbitos) e 441 controles (não-óbitos). Os dados foram coletados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza-CE. Foi utilizado o procedimento de linkage entre o SIM e o SINASC para identificar as crianças menores de um ano que evoluíram para o óbito. As variáveis analisadas foram classificadas em blocos hierárquicos. Bloco 1 (nível distal): idade, escolaridade e estado civil materna; bloco 2 (nível intermediário): tipo de gestação, número de consultas de pré-natal, idade gestacional e tipo de parto; bloco 3 (nível proximal): sexo da criança, índice de Apgar no 1º e no 5° minuto e peso ao nascer. Os dados foram analisados, utilizando-se o programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Na análise descritiva, utilizaram-se valores absolutos e relativos, média e desvio padrão. Na análise inferencial utilizou-se o teste de associação não paramétrico, teste do Qui-quadrado, ao nível de significância de 5%. Para testar a associação dos fatores de risco com o desfecho (mortalidade infantil) foram realizadas análises univariadas e multivariadas, as quais utilizaram o cálculo da razão de chances (OR – odds ratio). Na sequência foi realizada regressão logística múltipla para elaboração do modelo final dos fatores de risco para a mortalidade infantil. No ano de 2005, a TMI foi de 20,6 óbitos por mil nascidos vivos, diminuindo para 11,9 óbitos por mil nascidos vivos, no ano de 2010. Do total de 147 óbitos, 119 (81%) ocorreram no período neonatal, sendo 88 (59,9%) no período neonatal precoce. A principal causa de morte evitável foram as infecções do período neonatal. As variáveis que permaneceram significativas para o desfecho foram: gestação gemelar e idade gestacional inferior a 37 semanas. O parto cesáreo apresentou-se como fator de proteção. Diante desses resultados, percebe-se que a redução da mortalidade infantil, depende da necessidade de melhorias no acesso e na qualidade dos serviços de saúde. Assim, intervenções relacionadas ao aumento da cobertura e qualidade da assistência no pré-natal e no pós-natal imediato, causaria um declínio mais acentuado da taxa de mortalidade infantil, sobretudo, no período neonatal.<br/>Palavras-chaves: Mortalidade infantil; Fatores de risco; Sistemas de informação.