Mortalidade infantil em capital do nordeste brasileiro: estudo longitudinal de 2009 a 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lourenço, Maria Aurineide Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/129626
Resumo: A morte infantil evitável é aquela prevenida por intervenções disponíveis no sistema de saúde. Estudos epidemiológicos sobre a temática são necessários para produzir evidências para tomada de decisões e melhoria nos serviços de saúde. Objetivo: analisar a mortalidade infantil evitável no município de Fortaleza, capital cearense, do nordeste brasileiro, no período de 2009 a 2020. Método: estudo longitudinal que analisou os nascidos vivos no período de 2009 a 2019 e os óbitos infantis no período de 2009 a 2020, utilizando-se das técnicas de linkage, das fontes de informações do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Os óbitos foram classificados pela ¿Lista brasileira de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde em menores de cinco anos¿. O risco da mortalidade evitável foi estimada com a estatística de Kaplan-Meier, em relação às demais causas não claramente evitáveis. Na escala de tempo das análises de sobrevivência, utilizou-se da idade da criança em dias desde o nascimento até o óbito. A significância estatística foi definida como IC 95%. Teste de qui-quadrado foi executado para identificar associações com óbitos em menores de um ano. Resultados: a média anual de nascimentos no município para o período foi de 37.225 ± 1.289 nascidos vivos, observando-se declínio no número de nascimentos desde 2015 entre as mães na faixa etárias até 35 anos. As anomalias congênitas estavam presentes em 1,1% (4.303) dos nascidos vivos, observando-se aumento no número de casos, sobretudo, a partir do ano 2014, com destaque para as faixas etárias de <20 anos e de 35 e+. A média da taxa de mortalidade infantil do período foi de 12,4 ±0,4 óbitos por mil nascidos vivos, apresentando mediana de 11,6 (Q25=11,4;Q75=12,7)/000. Para este mesmo período, a média do coeficiente de mortalidade neonatal precoce foi de 6,8 ±0,27 óbitos por mil nascidos vivos, da mortalidade neonatal tardia de 1,7± 0,7 e a pós-neonatal foi de 3,7±0,15 óbitos por mil nascidos vivos. Os óbitos evitáveis pela adequada atenção à mulher na gestação apresentou incidência de 49,3 pessoa/tempo e os óbitos ocorrem, em média, com até 24 dias de nascido. Conclusão: a análise evidenciou que mães muito jovens (idade menor de 20 anos), prematuridade, peso ao nascer muito baixo, índice de Apgar abaixo de sete no quinto minuto e registro de anomalias congênitas aumentaram as chances de óbitos infantis no município pesquisado. Palavras-chave: Nascidos Vivos; Mortalidade; Fatores de Risco; Causas Evitáveis.