Mortalidade infantil em municípios de médio e pequeno porte das regiões Norte e Nordeste do Brasil e Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais: um estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ayres, Barbara Vasques da Silva
Orientador(a): Gama, Silvana Granado Nogueira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24352
Resumo: Apesar dos esforços brasileiros direcionados à redução da mortalidade infantil, algumas regiões ainda permanecem com taxa de mortalidade elevada. Há de se destacar que a maioria desses óbitos poderia ser evitada por meio de melhoria no acesso aos serviços de saúde, na educação materna, ampliação do saneamento básico, dentre outros. Sendo assim, justifica-se a realização de estudos em locais aonde a TMI ainda encontra-se alta, como as regiões Norte, Nordeste e Vale do Jequitinhonha. Este estudo analisará os fatores de risco para a Mortalidade Infantil e seus componentes, neonatal e pós-neonatal, em municípios de pequeno e médio porte dessas regiões, apontando a manutenção das desigualdades regionais e busca de estratégias para redução da mortalidade infantil no país. Trata-se de um estudo caso-controle, realizado de abril de 2010 a março de 2011 em 68 municípios brasileiros. Foram realizadas 2.772 entrevistas domiciliares que abordavam fatores socioeconômicos, obstétricos, relacionados ao parto e ao recém-nascido. Na análise de dados, foram excluídos os indivíduos que apresentassem dados faltantes. Para cada componente realizou-se duas regressões logísticas multivariadas, a primeira incluindo toda população do estudo e a segunda excluindo as crianças prematuras para identificar os demais fatores de risco. Sendo assim, foram analisadas 2.630 entrevistas, 734 casos e 1896 controles. Na análise por componente, nota-se que menos “anos de estudo” estiveram associados aos dois componentes, mesmo quando as crianças prematuras foram excluídas. A gemelaridade e falta de saneamento apresentaram-se associadas ao componente neonatal, mas esta associação se perdeu quando as crianças prematuras foram retiradas da análise. Mulheres que relataram cor da pele diferente de branca apresentaram proteção para este componente. Variáveis como gemelaridade e local parto estiveram associadas ao óbito pósneonatal mesmo com a retirada das crianças prematuras. Estes resultados destacam que nessas regiões, a preocupação e, consequentemente, a promoção de mudanças deve estar além do setor de saúde.