A educação como um complexo social: uma análise a partir da ontologia do ser social de Lukács

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cavalcante, Lorena Pinheiro Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82993
Resumo: <div style="">A presente pesquisa objetiva proporcionar uma visão ampla acerca da natureza, da função social e das características do complexo educação, no seu duplo sentido: lato e estrito. A partir desta compreensão, fizemos um balanço desse complexo ao longo da história, percebendo os conflitos, contradições, limites e possibilidades, especialmente, no que se refere ao contexto atual, mostrando os problemas vividos nas escolas, universidades e diversas instituições de ensino. A pesquisa é respaldada nos fundamentos ontológicos de Marx e Lukács em busca de compreender a relação da educação com o trabalho, com a reprodução social e com a ideologia. Percebemos que o trabalho funda a educação que juntamente aos outros complexos e categorias sociais como a linguagem e a consciência são fundamentais para o desenvolvimento e reprodução dos seres sociais através de suas funções específicas. No caso da educação, sua função específica consiste na apropriação e no repasse dos conhecimentos, valores, atitudes, habilidades acumulados historicamente pelo conjunto da humanidade. Essa transmissão ocorre de geração a geração, não de forma linear, homogênea, mas heterogênea e complexa. Assim, a educação possibilita a continuidade dos conhecimentos adquiridos historicamente pelo gênero humano. Por meio disso, não temos necessidade, por exemplo, de “inventar a roda” todo dia, isso ocorre com diversas outras objetivações sociais, pelo fato de os conhecimentos se estenderem ao conjunto da humanidade. Neste sentido, a atividade educativa contribui para o progresso dos seres humanos. Não obstante, essa transmissão dos conhecimentos não acontece sempre de forma igualitária, a exemplo da sociedade de classes. Nestas, os conhecimentos são repassados de modo desigual, expressando-se de forma ainda mais acirrada na sociedade capitalista cuja desigualdade cresce de forma assustadora, especialmente, em momentos de crise. Atualmente, vivenciamos uma crise estrutural em larga escala que se iniciou no ano de 1970. Todavia, a educação, mesmo na sociedade capitalista, possibilita o progresso do ser humano, não de maneira integral, omnilateral, mas de forma contraditória, conflituosa, com limites, como também, com inúmeras possibilidades “criativas e emancipatórias”, conforme aponta Mészáros (2008). Isso ocorre pelo fato de a educação ser sempre um “formar e ser- formado puramente social”. Neste aspecto, o gênero humano está em constante processo de formação, isto é, os indivíduos estão constantemente sendo educados, independente se essa formação aconteça de forma natural ou planejada. Por fim, apresentaremos as contribuições e limites do pensamento de três autores marxistas Ivo Tonet, István Mészáros e Dermeval Saviani no que se refere ao complexo educação. Em seguida, 9 faremos uma comparação da concepção ontológica desenvolvida por Gyorgy Lukács com a perspectiva educacional em Saviani. Palavras-chave: Complexo Educação. Ontologia do ser social. Gyorgy Lukács.</div>