Georg Lukács e o espectro do realismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Araújo, Paula Alves Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-03032016-150827/
Resumo: A partir dos anos 30, o filósofo húngaro Georg Lukács publica uma série de textos nos quais procura determinar o que é a literatura realista, atentando para seus desdobramentos no curso do desenvolvimento histórico. Afinal, dirá Lukács, a questão que se coloca é, justamente, compreender as importantes mudanças de estilo pelas quais passa o realismo, essa maneira especificamente artística de descobrir a realidade objetiva. Para Lukács, entretanto, tais mudanças não surgem a partir de uma dialética imanente das formas, por mais que se vinculem a formas do passado. A aposta teórica deste trabalho é a de que essa perspectiva sobre o realismo ganha um solo fértil, quando atentamos para o complexo de problemas evocado pela hostilidade do capitalismo às artes. Assumindo-o como nosso fio da meada, apresentamos então a leitura de Lukács sobre dois grandes autores realistas, Balzac e Tolstói, com destaque para as continuidades e diferenças entre eles. Nesse sentido, vem para o primeiro plano as considerações de Lukács sobre o típico, constituído de modo extremo, bem como a discussão em torno da incorporação de elementos dramáticos pelo romance, que já pode ser observada em Os anos de aprendizagem de Wilhelm Meister, de Goethe, e se torna fundamental nas obras de Balzac e Walter Scott.