Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
FERNANDES, JOSÉ LUCAS CORDEIRO |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84465
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Este presente trabalho busca analisar através da compreensão da cultura escrita da Islândia medieval, o processo de construção do imaginário de demonização do pagão, focando nas representações literárias postas na Brennu-Njáls saga (séc. XIII). Analisamos, como as três fases do processo de cristianização da Escandinávia, penetram paulatinamente nos regimes da sociedade, ao ponto da literatura se tornar um instrumento de consolidação e ampliação do Cristianismo, possibilitando também uma nova dinâmica no âmbito da cultura escrita, culminando no surgimento das sagas de islandeses Íslendingasögur. Logo, vemos como estas narrativas literárias produzidas na terceira e última fase da cristianização (c. séc. XII-XIV) vão estar arraigadas de uma ótica cristã em seu texto, que buscavam subverter a moral pagã e demonizar os sujeitos de fé antagônica a cristã. Neste sentido, vemos o jogo com o passado, onde essas narrativas produzidas entre os séculos XII e XIV, exploram narrar elementos ocorridos nas duas primeiras fases da cristianização, ou seja, entre os séculos IX e XI. Tal elemento permite que possamos ver como uma ótica cristã busca remodelar o passado ocorrido dentro de uma narrativa literária, buscando construir uma representação coletiva, portanto, um imaginário, que favorecesse o cristão, usando por muitas vezes uma demonização do pagão, uma destruição de sua moral, um destronamento de seus deuses, assim como uma derrota nas disputas mágicas feitas por estas crenças em disputa. Logo, temos um cenário de análise que busca compreender a formação de um imaginário dentro de uma narrativa literária como instrumento do Cristianismo para se efetivar na região da Escandinávia e especialmente da Islândia, tudo girando em torno das mudanças no cenário da cultura escrita. Nossa investigação vai em busca destes pontos, ao analisar a formação cultural da Escandinávia e da Islândia, assim como seu processo de cristianização e seus elementos para efetivar tal dominância, mudanças e composições do mundo escrito e seus artefatos culturais, para por fim, nos debruçarmos na análise de caso que demonstra em via objetiva a composição no jogo narrativístico que o autor cristão usa, jogando entre passado e presente. Logo, concluímos, juntamente com auxílio do aporte da História Cultural, do método da Nova Escandinavística e da Cultura Escrita, que a força literária modela o imaginário, auxilia na condenação do pagão e aumenta as fímbrias do Cristianismo.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-Chave: Sagas de Islandeses. Cultura Escrita. Demonização.</span></font></div> |