Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Do Socorro Lopes Da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113813
|
Resumo: |
O atual cenário educacional tem sido marcado pelo avanço da racionalidade técnica que, em sua natureza, é traduzida pela lógica transmissiva, tendo em seu cerne a figura do professor como um mero reprodutor, o que fomenta o praticismo esvaziado de teoria e inibe reflexões críticas de compreensão da dimensão do exercício da docência. Considerando esses desafios, a formação de professores passa a se constituir como um importante elemento de transformação. A partir desse contexto, esta pesquisa objetiva compreender a partir das narrativas de discentes os limites e possibilidades da diversidade étnico-racial como referência para a construção da identidade profissional no contexto do curso de Licenciatura em Letras da UNILAB Ceará. Para tanto, toma como objeto de análise o curso de Letras, que em seu contexto recebe discentes do Brasil e dos demais países de Língua Portuguesa-CPLP, primordialmente os países africanos. O processo de investigação foi pautado na abordagem qualitativa (MINAYO, 2014), e como estratégia de aproximação com a realidade foram realizados ateliês autobiográficos (DELORY MOMBERGER, 2006) e de experiências de escrevivências (EVARISTO, 2017). Os sujeitos participantes da pesquisa foram seis discentes do curso de Letras. Os achados da pesquisa foram analisados com base nos princípios de Análise de Prosa (ANDRÉ, 1983; SIGALLA, 2018), com a perspectiva de organicidade e interpretação do fenômeno. Dentro do conjunto dos resultados, os principais apontam que o processo de formação de professores de língua portuguesa encontra-se pautado em documentos norteadores com base epistemológica da diversidade, da decolonialidade e como princípio de valor da vida humana. No entanto, ficou evidente a necessidade de quebras de paradigmas, barreiras históricas e sociais que ainda persistem e são traduzidas nas diferentes imposições de modelagens, condicionamentos e omissões. A formação inicial de professores é um contexto desafiador, em virtude de legislações que imperam os princípios neoliberais com atendimento a demandas de instrumentalização e esvaziamento teórico, tornando-se um articulador e potencializador de uma cultura social hegemônica com aspectos de controle, de manobras nas relações de poder entre igualdade e diferença, de inclusão e discriminação. Os encontros de ateliês autobiográficos permitiram o crescimento coletivo em torno da temática diversidade étnico-racial, suscitando reflexões pertinentes ao desenvolvimento do trabalho teórico-prático no exercício docente, tendo como aspecto fundante o respeito, o diálogo e a relação com o outro. Concederam também a compreensão de si, enquanto sujeito histórico situado no tempo e no espaço, que contempla a diversidade das relações de crescimento que se estabelecem com o outro. Foi explicitado o desejo de fortalecimento da profissão; a ampliação da visão da diversidade étnico-racial com a articulação do trabalho teórico-prático a ser desenvolvido no exercício da profissão. A partir da formação recebida acerca da diversidade, os participantes apresentam uma nova percepção, tendo como base a práxis como elemento fundamental e ressignificador das práticas, o que incide sobre a identidade docente em um processo contínuo de construção. Palavras-chave: formação de professores; diversidade étnico-racial; ensino de língua portuguesa; identidade docente.   |