Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Domingos, Gabriela Fernandes Oliveira Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=85625
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Resumo: |
Lectinas de leguminosas são estruturalmente homólogas, mas diferem em suas atividades<br/>biológicas. No gênero Vatairea, a lectina de Vatairea macrocarpa é a única que tem atividade<br/>inflamatória caracterizada. Avaliou-se o efeito inflamatório da lectina de Vatairea guianensis<br/>(VGL) e o envolvimento de macrófagos e mediadores inflamatórios nos modelos de edema de<br/>pata e peritonite em ratos Wistar (150-200 g). Os protocolos experimentais foram aprovados<br/>pelo Comitê de Ética Institucional (CEUA/UECE n° 10130208-8/40). O edema de pata foi<br/>avaliado por hidropletismometria no tempo zero e de 1-72 h após injeção subcutânea (s.c.) de<br/>VGL (0,01, 0,1 ou 1 mg/kg), isoladamente ou associada à galactose (0,1 M) ou aos inibidores<br/>indometacina (5 mg/kg; s.c.), L-NAME (25 mg/kg; via endovenosa-e.v.) ou talidomida (45<br/>mg/kg; via intraperitoneal- i.p.) 30 min antes da VGL. O tecidos das patas foram removidos<br/>para análise histológica 3 e 6 horas após a indução do edema. A peritonite foi induzida por VGL<br/>(1 mg; i.p.) e após 3 e 6 horas, o fluido peritoneal coletado para contagem total e diferencial de<br/>leucócitos (microscopia óptica), dosagem de proteínas (Bradford) e TNF-α (ELISA). Nos dois<br/>modelos, animais controle receberam NaCl 0.9% (salina estéril) em substituição à VGL. Os<br/>animais foram anestesiados e a microcirculação mesentérica exposta para avaliação do<br/>rolamento e adesão dos leucócitos no endotélio, por 10 minutos (microscopia intravital). O<br/>papel dos macrófagos foi investigado pelo tratamento dos animais com tioglicolato (10 ml; 3%;<br/>i.p.) 4 dias antes da peritonite. Macrófagos foram estimulados em cultura com VGL e o<br/>sobrenadante administrado i.p. Resultados apresentados como média ± E.P.M (n=6) e<br/>analisados por ANOVA e teste de Bonferroni (p <0,05). VGL induziu edema nas doses: 0,01<br/>mg/kg (0,21 ± 0,03); 0,1 mg/kg (0,42 ± 0,06) e 1 mg/kg (0,59 ± 0,08) versus controle (0,06 ±<br/>0,02 ASC), produzindo efeito máximo na 6ª hora (1 mg/kg; 20 x versus controle). Este efeito foi<br/>mantido por 48 h, sendo parcialmente revertido (40%) pela associação da lectina à galactose.<br/>A análise histológica das patas que receberam VGL (1 mg/Kg) demonstrou região edematosa<br/>com intenso infiltrado neutrofílico na 3ª hora e 6ª hora. O edema induzido por VGL foi reduzido<br/>por indometacina (37%) e talidomida (62%), mas não por L-NAME. VGL induziu peritonite, com<br/>aumento da migração de leucócitos totais (3 x) comparado ao controle (1067 ± 33 células),<br/>devido principalmente ao aumento da migração de neutrófilos (6,5 x na 3ª h; 23 x na 6ª h). O<br/>efeito quimiotático da VGL foi potencializado nos animais pré-tratados com tioglicolato (1,5 x).<br/>O rolamento e a adesão de neutrófilos foram aumentados em 3 x e 4 x, respectivamente. VGL<br/>induziu aumento das concentrações proteicas (1,5 x na 3ª h; 2,5 x na 6ª h) e de TNF-α (60 x na<br/>6ª h) no fluido peritoneal. O sobrenadante de macrófagos estimulados com VGL induziu<br/>migração de neutrófilos em 5x comparado ao controle (922 ± 242 células). VGL induz<br/>inflamação aguda caracterizada por edema, extravasamento proteico e migração de neutrófilos<br/>com envolvimento de macrófagos residentes, TNF-α, prostaglandinas e domínio lectínico.<br/>Palavras-chave: lectina de planta, V. guianensis, inflamação, macrófagos<br/><br/> |