Atividade Antinociceptiva de Uma Lectina de Sementes de Dioclea Guianensis Benth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Holanda, Fernanda Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37443
Resumo: A lectina de Dioclea guianensis, planta leguminosada subtribo Diocleinae, exibe especificidade para glicose/manose. Algumas das lectinas dessa subtribo tem apresentado efeito antiinflamatorio, porem nao foram investigadas suas propriedades analgésicas. O objetivo deste trabalho foi investigar a atividade antinociceptiva da Dioclea guianensis (DguiL). Para tanto foram os testes de contorçoes abdominais induzida por acido acetico, de nocicepçao termica na placa quente, e de nocicepçao e edema induzido por formalina ou glutamato em camundongos Swiss albinos pre-tratados com DguiL, administrada por via oral (v.o)ou endovenosa (e.v). Atraves do teste de performance motora no rota rod foi investigada a hipotese de depressao do sistema neuromuscular pela lectina. DguiL por ambas as vias, reduziu (45 %*, v.o, e 65 %*,e.v.) o numero de contorcoes abdominais induzidas por acetico de forma dependente da dose, mas nao dependente do tempo de administracao.No teste de nocicepcao induzido por por formalina, a DguiL (e.v.) reduziu (32%*,fase 1 e 56%*,fase 2)o tempo de reacao nas duas fases do teste, mas por via oral apresentou efeito apenas na segunda fase (48%*).O pre-incubamento da lectina com metil-manosidio reverteu o efeito induzido pela DguiL, administrada por ambas as vias, tanto no teste das contorçoes abdominais (44 %**,v. o . e 66 %**,e.v.) como no da formalina (66 %**,v. o. e 53 %**, e.v.,fase 2). Por outro lado, DguiL administrada por ambas as vias nao apresentou efeito no teste de nocicepçao termica, bem como nos testes de nocicepçao e edema induzidos por glumato, edema induzido por formalina, e no teste de performance motora. O pre-tratamento com naloxona (5 mg/Kg, i.p.) preveniu (28%**) o efeito antinociceptivo apenas da proteina administrada e. v. e nao por via oral. Por outro lado, pre-tratamento com L-arginina (5mg/Kg, i.p.) nao afetou o efeito da DguiL e. v., mas intensificou o efeito da proteina administrada v.o. Os resultados apresentadfos neste estudo indicam que a DguiL v.o. ou e.v apresenta efeito antinociceptivo. Este efeito esta ligado a inibicao das vias perifericas da dor e esta relacionado ao seu dominio lectinico, na medida que o complexo lectina-acucar nao apresentou efeito. Ademais, o efeito desta proteina e.v. esta relacionado a mecanismo opioides perifericos, como por exemplo, ativacao de leucocitos liberadores de peptideos opioides. Por via oral, o efeito desta lectina e mediado, pelo menos em parte, via do oxido nitrico, podendo a DguiL interagir com as celulas M ou celulas com borda em escova intestinais. Dessa forma, os resultados desse trabalho estendem a lista de atividades biologicas de lectinas, alem de dar subsidios para investigacoes mais especificas que indiquem a DguiL como ferramenta para o estudo da nocicepcao.