Práticas em movimento : contradições no processo de atenção à pessoa em crise no campo psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Batistella, Francielle Savian
Orientador(a): Pinho, Leandro Barbosa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196876
Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar as contradições no processo de Atenção à pessoa em crise no CAPS. Para realizar o estudo foi utilizado o referencial teórico- metodológico materialista dialético. O estudo é de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. A produção de dados ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 2018, por meio de uma roda de conversa com trabalhadores de um CAPS II do Município de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e entrevistas individuais semiestruturada. Os participantes do estudo foram 11 profissionais do CAPS II. Para realizar a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, modalidade temática. A análise evidenciou duas categorias, a saber: processo de trabalho na atenção à pessoa em crise no CAPS II: as entrelinhas do cuidado e suas contradições e a segunda desafios e potencialidades no processo de atenção à pessoa em crise: entre o CAPS e a RAPS. Os resultados apontaram que o cuidado à pessoa em crise no CAPS II é atravessado pelas concepções de crise dos trabalhadores e da equipe, ao mesmo tempo percebe-se que as próprias concepções dos trabalhadores em relação à crise assumem perspectivas diferentes no momento do cuidado. Identifica-se uma concepção de crise baseada no modelo psiquiátrico e uma necessidade de não deixar a crise acontecer, no entanto no momento do cuidado há um encontro de uma teoria psiquiátrica com uma prática baseada no modelo psicossocial de cuidado, nesse sentido observa-se uma relação pendular entre o modelo manicomial e o psicossocial, na qual o meio entre um ponto e outro produz novas relações que se desvelam no cotidiano e nos movimentos do cuidado. Identifica-se entre os desafios da Atenção à pessoa em crise no CAPS II, a estrutura física do CAPS, falta de recursos materiais e medicamentosos, a articulação e comunicação com a rede. Entre as potencialidades identifica-se a não internação da pessoa em crise, o trabalho multidisciplinar no CAPS e a comunicação em equipe. Visualiza-se a necessidade de uma melhor articulação entre os pontos da RAPS, a melhor comunicação entre a emergência, o CAPS e a internação de maneira que possa haver um alinhamento no projeto terapêutico do usuário.