Estudo da Drogadicao Gestacional e Obito Neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Borges, Juliana Alencar Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=74378
Resumo: A mortalidade infantil continua como uma temática de grande importância para a análise da <br/>situação de saúde de uma população. Estudos epidemiológicos demonstram que a <br/>mortalidade, ocorre em maior número no componente neonatal, enfatizando a importância da <br/>melhoria na assistência ao pré-natal, ao parto e nos primeiros dias de vida da criança. O <br/>estudo dos fatores envolvidos com os óbitos neonatais permite identificar o seu perfil e as <br/>diversas variáveis relacionadas com o desfecho, tais como: peso ao nascer, idade gestacional, <br/>renda familiar, o uso de drogas durante a gestação, entre outras. O objetivo desta pesquisa foi <br/>analisar a mortalidade neonatal com o uso de drogas na gestação, em uma maternidade de <br/>referência na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil, nos anos 2009 e 2010. A pesquisa foi <br/>realizada a partir dos Sistemas de Informação em Saúde, SINASC e SIM, e dos prontuários <br/>hospitalares, utilizando-se ainda a técnica de linkage para a confirmação das informações. O <br/>estudo foi do tipo caso-controle. A amostra foi constituída por 153 casos (óbitos neonatais) e <br/>464 controles (nascidos vivos sobreviventes ao período neonatal). As variáveis foram <br/>analisadas em blocos hierárquicos. Bloco 1: anos de estudo, situação conjugal e trabalho. <br/>Bloco 2: idade materna, idade gestacional, tipo de gestação, número de gestações, número de <br/>partos, número de abortos, (ITU) infecção do trato urinário, hipertensão arterial sistêmica <br/>(HAS), uso de drogas, fumo na gestação, álcool na gestação e outras drogas. Bloco 3: fez pré-<br/>natal, local do pré-natal, número de consultas no pré-natal e tipo de parto. Bloco 4: idade do <br/>óbito, peso ao nascer, índice de APGAR no 10 minuto, índice de APGAR no 50 minuto, <br/>malformação congênita e sexo. Os dados foram analisados utilizando-se, STATA, versão 10. <br/>Para análise descritiva, utilizou-se valores absolutos e relativos, média e desvio padrão, além <br/>do cálculo de razão de chances (odds ratio – OR) na análise bivariada das variáveis como <br/>desfecho (óbito neonatal). Na sequência, foi realizada a regressão logística para a elaboração <br/>do modelo final de fatores de risco para o óbito neonatal. As variáveis que permaneceram <br/>significativas para o desfecho foram: idade gestacional inferior a 37 semanas, APGAR no 1º. <br/>e 5º. minutos com índices menores que sete e malformação congênita presente. De acordo <br/>com os resultados encontrados percebeu-se que o acompanhamento pré-natal pode evitar os <br/>riscos apresentados. Sugere-se uma melhor qualidade na assistência pré-natal, além de maior <br/>valorização da variável uso de drogas na gestação, pois este é um fator novo, que mesmo não <br/>se apresentando como significante estatisticamente, é um fator que deve ser mais investigado <br/>na busca de dados mais concretos. <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>&nbsp;<br/><br/>Palavras chave: mortalidade neonatal, fatores de risco, drogadição. <br/>