Fatores de risco para óbito infantil em unidade de terapia intensiva neonatal do estado do Ceará: estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lima, Carmen Sulinete Suliano da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/94926
Resumo: A taxa de mortalidade infantil e importante indicador das condicoes de vida e qualidade das acoes e servicos de saude. O estudo da mortalidade infantil hospitalar e uma ferramenta util para evidenciar problemas na qualidade da assistencia a fim de diminuir os obitos evitaveis. Este estudo tem como objetivo analisar os fatores de risco associados ao obito em unidade de terapia intensiva neonatal de hospital de referencia sem maternidade do Estado do Ceara. Realizou-se um estudo caso-controle dos recem-nascidos que evoluiram a obito no periodo de janeiro de 2006 a dezembro de 2010. A populacao do estudo foi constituida por 150 casos e 754 controles internados na unidade de terapia intensiva neonatal. A variavel dependente foi a ocorrencia de obito, independente da idade na data do obito. As variaveis independentes foram agrupadas em tres grupos de acordo com modelo estruturado hierarquizado: fatores distais, intermediarios e proximais; ou relativos aos dados pre-natais, perinatais e da assistencia prestada ao recem-nascido, respectivamente. Os dados maternos e do recem-nascido foram coletados dos prontuarios e realizadas analises descritivas das caracteristicas da populacao estudada e multivariada pela regressao logistica, a partir do modelo teorico hierarquico. Considerou-se estatisticamente significante quando, na associacao entre as variaveis, observou-se valor de p . 0,05. Ocorreram 150 obitos, com uma letalidade de 16,6%, com predominio do obito neonatal precoce (52,7%). A analise multivariada para o desfecho obito neonatal intra-hospitalar apresentou associacao com as seguintes independentes no modelo final: ausencia de pre-natal (OR=2,00; IC 95%: 1,00-4,07); baixo peso ao nascer (OR=3,42; IC 95%: 1,82-6,44); Apgar 1o minuto < 7 (OR=2,24; IC 95%: 1,16-4,34); Apgar 5o minuto < 7 (OR=3,20; IC 95%: 1,69-6,06); parto vaginal (OR=1,88; IC 95%: 1,05-3,35); transporte inadequado (OR=2,63; IC 95%: 1,48-4,70); tempo de ventilacao mecanica (OR=2,02; IC 95%: 1,01-4,03); uso de cateter central (OR=3,60; IC 95%: 1,18-10,90); e infeccao hospitalar (OR=3,20; IC 95%: 1,28-7,97). A variavel: tempo de internamento (OR=0,09; IC 95%: 0,03-0,25) apresentou forte associacao negativa com obito. O estudo concluiu que e necessario melhorar a estrutura hospitalar e a qualificacao do processo de assistencia a gestante e ao recem-nascido, incluindo o transporte neonatal, com a finalidade de diminuir os obitos evitaveis.