Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SILVA, TATIANE RODRIGUES DA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83609
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Resumo: |
<div style=""><div>RESUMO</div><div>Por meio de diversas linguagens como a música, a poesia, o desenho, o teatro etc.,</div><div>o Programa de Extensão Viva a Palavra propõe uma troca de saberes entre a</div><div>Universidade Estadual do Ceará (UECE) e os movimentos político-culturais</div><div>populares do Bairro da Serrinha no enfrentamento à violência contra a juventude da</div><div>periferia de Fortaleza, pretendendo promover e ampliar as práticas de letramento</div><div>crítico da juventude que reside nas comunidades do entorno da UECE do campus</div><div>do Itaperi. Essa articulação de diversos movimentos, linguagens e artes é</div><div>potencializada pelos letramentos de reexistência (SOUZA, 2011) produzidas pelo</div><div>Coletivo Cultural Enquadro Rap da Serrinha. Neste trabalho caracterizamos o rap</div><div>como agência de letramentos de reexistência a partir dos Novos Estudos dos</div><div>Letramentos Sociais (STREET, 1994) e da Pragmática Cultural (ALENCAR, 2014).</div><div>Nesse sentido, articulamos as (res)significações ideológicas que emergem nos jogos</div><div>de linguagem do rap, tais como saraus, oficinas e batalhas de MCs, pontuando os</div><div>sentidos que são construídos pelo material sígnico verbo-visual. Então, fomentamos</div><div>essa discussão com base nas reflexões do Círculo de Bakhtin, sob enfoque das</div><div>noções bakhtinianas de ideologia e significação. Além disso, nos ancoramos em</div><div>Wittgenstein (1999) em relação aos jogos de linguagem e formas de vida das</div><div>práticas culturais juvenis da periferia. Para isso, aliamos a proposta de uma</div><div>pesquisa cartográfica (PASSOS, 2015), que busca acompanhar processos,</div><div>articuladas ao ensino e às demandas da comunidade a partir de uma abordagem</div><div>metodológica qualitativa, voltando-se a sua realidade. Portanto, os resultados</div><div>sugerem que os signos ideológicos verbo-visuais expressam a luta vivenciada pelos</div><div>jovens da periferia, assim como, o orgulho de ser parte da comunidade, reexistir e</div><div>gritar essa reexistência nas suas rimas para que suas vozes sejam escutadas.</div><div>Assim, se utilizando de diversas práticas de letramentos de reexistência, como forma</div><div>de manifestação política e de resistência às várias formas de opressão presentes no</div><div>cotidiano da comunidade, mostrando o caráter emancipatório da linguagem.</div><div>Portanto, esta pesquisa destaca a importância do uso social da linguagem nas</div><div>práticas culturais juvenis da periferia em suas lutas cotidianas contra o racismo, o</div><div>preconceito geracional e o extermínio das juventudes pobres das grandes cidades.</div><div>Palavras-chave: Letramentos de reexistência. Rap. Ideologia. Significação.</div></div> |