PANCREATITE ALCOÓLICA EXPERIMENTAL: NOVAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS A PARTIR DE PRODUTOS NATURAIS

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: FIORIO, BÁRBARA DE CERQUEIRA
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Produtos naturais
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84113

<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A pancreatite aguda é uma doença grave, caracterizada por alta morbidade e mortalidade. Sua incidência tem como segunda maior causa o abuso no consumo de álcool. Esta doença é caracterizada por forte dor abdominal e elevação dos níveis plasmáticos de amilase e lipase, seguida do aumento de marcadores inflamatórios, como o TNF-&#945;, IL-1&#946; e IL-6 e da produção de espécies reativas do oxigênio, levando à peroxidação lipídica, o que resulta em uma forma severa da doença, associada com a síndrome da falência de múltiplos órgãos e a morte. Baseando-se em estudos in vitro e in vivo, que demonstram alterações causadas por álcool e por um metabólito de sua via não-oxidativa, o ácido palmitoléico (POA), objetivamos neste estudo validar um modelo de pancreatite aguda experimental em camundongos (swiss), que simule esta patologia da maneira que ela acontece nos seres humanos. Além disso, objetivamos testar o efeito de produtos naturais conhecidamente anti-inflamatórios como o extrato polissacarídico total (PLT) de Caesalpinia ferrea e um polissacarídeo sulfatado, a fucoidina, no modelo proposto. Para tal, utilizamos animais machos, divididos em 6 grupos, um que recebeu etanol (1,35 g/Kg), outro que recebeu o ácido palmitoleico (150 mg/Kg) diluído em etanol (na proporção de 2:3), outro que recebeu solução salina, e outros três que receberam as mesmas substâncias ditas anteriormente, mas que foram pré-tratados ou com o PLT de C. ferrea (1 mg/kg) 30 min. antes da indução da pancreatite, ou a fucoidina (25 mg/Kg) 30min. antes e 30min. depois da indução da pancreatite. Para a avaliação dos resultados realizamos a dosagem de amilase, lipase e MDA séricos, MPO e GSH tecidual, além da avaliação histológica para a determinação do nível de inflamação. Os dados paramétricos foram analisados através da análise de variância e o nível de significância entre os grupos foram determinados pelo teste de Bonferroni, os dados não paramétricos foram avaliados pelo teste de Kruskal–Wallis e Dunn, considerando-se como nível de aceitação da hipótese um p&gt;0,05. Na caracterização do modelo, encontramos um aumento de amilase, tanto no grupo etanol (4694 uL/dL), quanto no POA (6160 uL/dL); de lipase, em que o POA (278,2 UI/L) foi maior que o salina (241,9 UI/L) e maior que o etanol (258,1 UI/L); de MDA, onde o POA (13,50 ug/L) foi superior ao salina (9,365 ug/L) e ao etanol (8,860 ug/L); de MPO, com aumento significativo nos dois grupos experimentais (etanol: 17,20; POA: 19,57; salina: 3,15 UMPO/mg de tecido) e de GSH, que apresentou-se diminuído tanto no etanol (17,02 g de GSH/g de tecido) quanto no POA (14,26 g de GSH/g de tecido), quando comparado com o controle (31,90 g de GSH/g de tecido). Encontramos ainda, na avaliação histológica que aumento de necrose, edema e infiltrado de células inflamatórias. O tratamento com C. ferrea não foi capaz de reverter os parâmetros histológicos avaliados, possivelmente por este fazer parte de um grupo de substâncias que podem apresentar características antioxidantes. A fucoidina mostrou ser uma substância que poderá ser utilizada como mediador da inflamação pancreática, pois apesar de não ter revertido os parâmetros bioquímicos e oxidativos, reverteu com sucesso os parâmetros inflamatórios, porém mais estudos são necessários avaliar a dose e o tempo de efeito dessa droga.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras chaves: Pancreatite. Álcool. Ácido palmitoleico. Caesalpinia ferrea. Fucoidina.</span></font></div>