EFEITO DA FARINHA DE TAMARINDO NO CONTROLE METABÓLICO DE PACIENTES DIABÉTICOS – ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO CONTROLADO POR PLACEBO

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: PASSOS, TATIANA UCHÔA
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Farinha de tamarindo
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82259

<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença de grande e crescente prevalência mundial. Novas alternativas dietéticas e medicamentosas têm sido estudadas a fim de contribuir na prevenção e tratamento desta enfermidade. O uso da fitoterapia vem compondo parte importante destas novas propostas terapêuticas. Embora ainda escassos e majoritariamente sem consenso, estudos apontam para o efeito hipoglicemiante e hipolipemiante de algumas frutas, entre elas o tamarindo, este com efeitos observados em ratos. A presente proposta se enquadra na Chamada MCTI/CNPq/MS - SCTIE - Decit Nº 07/2013 – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) no Sistema Único de Saúde (SUS), especificamente na linha pesquisa clínico-epidemiológica em relação ao uso da PICs no cuidado a pessoas com doenças crônicas não transmissíveis. Dentre as PICS, a inserção se dá na área de Plantas Medicinais e Fitoterapia. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da ingestão da farinha de tamarindo no controle metabólico de diabéticos atendidos por uma unidade de referência ligada ao SUS. Realizou-se um ensaio clínico duplo-cego controlado por placebo. Foi elaborada uma farinha liofilizada de tamarindo, com análises centesimal e sensorial, além da determinação de seu índice e carga glicêmicos. Foi constatado um produto com boa aceitabilidade e rico em fibras, bem como com baixos índice e carga glicêmicos. Foram selecionados 164 diabéticos, dos quais 82 com glicemia aceitável e 82 com glicemia elevada. Cada grupo foi subdividido em dois, sendo um para ingestão da farinha de tamarindo e outro para ingestão do placebo, este sendo um espessante. A intervenção ocorreu durante quatro semanas. No início e ao final das 4 semanas foram determinados o perfil glicêmico e lipídico, a ingestão alimentar habitual (através de dois recordatórios de 24 horas) e foi realizada antropometria (peso, altura, circunferência da cintura e do quadril). Para análise estatística foi utilizada análise de intenção-de-tratar, teste t de Student e qui-quadrado. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Estadual do Ceará e inscrito na Plataforma Brasileira de Ensaios Clínicos. Os participantes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Constatou-se melhora dos níveis de triglicerídeos (p = 0,038), na comparação entre grupos. Não houve impacto na glicemia. Os pacientes que receberam a farinha de tamarindo (10g), após intervenção, adicionalmente mostraram redução de índice de massa corporal (p = 0,008), de circunferência da cintura (p = 0,008) e do colesterol total (p = 0,024). A farinha produzida se revelou eficaz na melhora do perfil lipídico, especificamente dos triglicerídeos, mostrando-se um adjuvante no controle metabólico dos pacientes acompanhados. É importante a continuidade dos estudos para otimização do produto e com modificações de tempo e quantidade do mesmo, a fim de se determinar uma dose ótima que possa melhorar glicemia e lipemia de pacientes diabéticos. A ampliação do uso da flora brasileira, com a potencial inclusão da farinha de tamarindo com propostas fitoterápicas, mediante procedimentos de obtenção da patente, industrialização e comercialização, poderá contribuir para a saúde pública do País, no tocante ao controle de pacientes diabéticos.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Diabetes mellitus. Tamarindo. Fitoterapia. Índice glicêmico. Lipemia</span></font></div>