Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Francisco Felipe De Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106204
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Resumo: |
A proposta de biografar Geraldo Markan Ferreira Gomes, antropólogo, artista e professor universitário cearense, configurou-se a partir da seguinte tese: ao fazer-se artista-antropólogo-professor Geraldo Markan elaborou percursos e trajetórias formativas que no primeiro momento configuram-se como campos diversos, mas que ao serem vivenciados, se intercruzaram e se complementaram como experiencias de vida, estética, política e profissional na constituição do artista e do professor. Trata-se de um tipo de biografia histórica que teoriza a ação dos agentes sociais a partir de uma perspectiva praxiológica bourdieusiana, estando estruturada de acordo com uma abordagem interdisciplinar que aproxima pesquisa em educação, gênero biográfico, história e arte. Parte-se do entendimento de que nenhuma pesquisa biográfica pode esgotar os sentidos atribuídos a uma vida. Entende-se que essa proposta se alinha a uma perspectiva epistemológica realista que se adequa aos fundamentos da Nova História Cultural (NHC). Geraldo Markan Ferreira Gomes destacou-se nos campos do teatro carioca e cearense, tendo sido parte de vanguardas do teatros infantil e amador no Rio de Janeiro-RJ, colaborando como ator e dramaturgo no início dos anos 1950 naquela cidade. Paralelamente a sua atuação no teatro carioca, no Ceará, Geraldo Markan foi um dos pioneiros do teatro infantil e faz parte do grupo que inaugura o teatro moderno local. Concluiu mestrado e os créditos do doutorado nos Estados Unidos. Trabalhou como antropólogo no Museu Nacional do Rio de Janeiro e foi um dos produtores do premiado documentário Arraial do Cabo. Trabalhou na Sudene entre 1961-1967, ocasião em que viveu em Recife e escreveu a peça A Noite Seca que foi censurada pela Ditadura Militar. Foi um dos primeiro professores do recém criado Departamento de Ciências Sociais da UFC, tendo lecionado na referida universidade entre os anos de 1967 a 1991. Escreveu uma obra literária modesta do ponto de vista quantitativo, tendo publicado a maior parte de suas peças e crônicas. Geraldo Markan Ferreira Gomes foi, entre tantas outras coisas, um cosmopolita, humanista romântico, intelectual generoso, antropólogo irrequieto, curioso, desbravador do cotidiano cearense, um artista sensível e criativo, um pensador social do nordeste e um professor universitário inspirador, comprometido com os valores éticos e humanistas de sua profissão. Dessa forma, entendendo que seu olhar de antropólogo perpassava todos os campos onde atuou, conclui-se que ele foi Artista-Antropólogo-Professor |