Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rebouças Filho, José Vagner |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97655
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Resumo: |
<div>No semiárido brasileiro, espécies do gênero Cryptostegia têm sido caracterizadas como invasoras, devido à sua ampla distribuição e danos ambientais causados ao bioma Caatinga, especialmente nos bosques de Copernicia prunifera (Mill.) H. E. Moore, uma palmeira de grande importância econômica, social e ecológica. O gênero Cryptostegia é composto por duas espécies, a Cryptostegia madagascariensis Bojer e a Cryptostegia grandiflora R. Br, nativas de Madagascar (África) e pertencentes à família Apocynaceae, porém ainda não há estudos voltados para determinação de qual espécie ocorre nessa região, assim como para os ambientes mais afetados. Assim, objetivou-se investigar a distribuição das populações de espécies do gênero Cryptostegia afetam os bosques de C. prunifera em diferentes ecossistemas do bioma Caatinga de quatro Estados na região Nordeste do Brasil. Além disso, comparar a estrutura fitossociológica de duas áreas de Caatinga com atividade extrativista da folha da C. prunifera e com a presença de C. madagascariensis no município de Pacatuba-Ceará, assim como avaliar a eficiência de diferentes métodos no controle de populações C. madagascariensis em bosques de C. prunifera no município de Pacatuba. Por fim, analisar a composição química dos solos onde essa espécie estiver estabelecida nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí. Para caracterização botânica das plantas, foram feitas coletas de material vegetal nos estados visitados, para uma posterior biometria e identificação da planta, assim como coletas de solo que foram analisadas quimicamente no laboratório. Além disso, foi demarcada uma área experimental, para realização de um estudo fitossociológico em dois bosques de C. prunifera com diferentes graus de invasão da C. madagascariensis, e para testes de eficiência de métodos de controle químicos e físicos em indivíduos de C. madagascariensis. Os resultados desses estudos indicaram que a presença de C. madagascariensis tem ampla distribuição nos Estados estudados, porém há também a C. grandiflora, e ainda uma espécie híbrida. As áreas com maior grau de invasão são em bosques de C. prunifera e em áreas alagadas, porém essa invasora foi encontrada também em ambientes secos. A partir do estudo fitossociológico, foi possível observar os impactos da presença da C. madagascariensis em bosques de C. prunifera, reduzindo a diversidade de espécies nativas. Quanto aos métodos de controle dessa fitoinvasora, o de corte e destoca foi o mais eficaz. Na análise química dos solos, constatou-se que essa espécie pode se estabelecer em 10 tipos de solos diferentes, desde a solos de áreas alagadas a solos de ambientes mais secos. Assim, conclui-se que a C. madagascariensis é uma espécie com uma grande plasticidade fenotípica, com potencial para causar danos ainda maiores sobre a biodiversidade nativa, caso não seja controlada. <br/></div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Caatinga. Copernicia prunifera. Solos. Fitossociologia. Métodos de controle.<br/></div> |