Florística e fitossociologia na Floresta Nacional Contendas do Sincorá, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vitório, Camila Dáphiny Pereira lattes
Orientador(a): Aona, Lidyanne Yuriko Saleme lattes
Banca de defesa: Aona, Lidyanne Yuriko Saleme lattes, Marinho, Lucas Cardoso lattes, Brito, Juliana Carvalhais lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: PPG1
Departamento: Departamento 1
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://localhost:8080/handle/prefix/1074
Resumo: Considerado o único Bioma exclusivamente brasileiro, a vegetação Caatinga abrange 844.453 Km² do nordeste do Brasil, principal vegetação do estado da Bahia. O presente trabalho foi realizado na Floresta Nacional Contendas do Sincorá (FLONA-CS), localizado no município de Contendas do Sincorá-BA, com o objetivo de trazer contribuição acerca das unidades de conservação para esta vegetação. O primeiro capítulo teve o objetivo de contribuir com as unidades de conservação majoritariamente composta por áreas de Caatinga e ampliar os dados sobre a flora da FLONA–CS e seu grau de conservação, sendo realizado inventário florístico com visitas de duração de cincos dias entre os anos de 2014 a 2017. O método utilizado foi o de coleta em trilhas aleatórias, buscando-se cobrir a maior área possível. Foram registradas 275 espécies, distribuídas em 160 gêneros e 51 famílias. Foram identificadas 113 espécies endêmicas do Brasil, 33 endêmicas do Nordeste, 17 endêmicas da Bahia, além de 40 espécies endêmicas da vegetação caatinga e 55 endêmicas do Domínio Fitogeográfico Caatinga. Dentre as espécies coletadas, algumas se encontram em perigo de extinção: Handroanthus spongiosus (Bignoniaceae) e Espostoopsis dybowskii (Cactaceae). Duas espécies foram caracterizadas como quase ameaçadas: Amburana cearensis (Fabaceae) e Simira gardneriana (Rubiaceae) e na categoria de espécie vulnerável se encontra Pereskia aureiflora (Cactaceae). O segundo capítulo traz informações sobre a estrutura e relação da vegetação com o solo, alocando aleatoriamente 40 parcelas de 20X10m, onde todos os indivíduos que apresentavam DAS (diâmetro altura do solo) a partir de 3cm foram amostrados. Na área de estudo, foram amostrados 3.710 indivíduos, distribuídos em 31 famílias, 67 gêneros e 103 espécies. De acordo com o IVI (Índice de Valor de Importância), as famílias mais importantes no levantamento foram Euphorbiaceae, Fabaceae, Bignoniaceae, Malvaceae, Cactaceae e Anacardiaceae. As espécies com maior IVI foram, Croton heliotropiifolius, Handroanthus spongiosus, Jatropha sp., Schinopsis brasiliensis, Anadenanthera colubrina, Erythroxylum sp. 3, Luehea divaricata, Mimosa verrucosa, Myracrodruon urundeuva, Colicodendron yco e Bauhinia brevipes. Pelas analises físicas e químicas do solo foi observado pouco ou quase nenhuma influencia diretamente ligada a distribuição das espécies. Sendo um solo heterogêneo tanto em composição física quanto em composição química.